Hospital das Forças Armadas à beira da rutura. Governo trava renovação de contratos

22 dez 2022, 07:44
A adaptação do Hospital das Forças Armadas para fazer face ao combate à pandemia

REVISTA DE IMPRENSA. A Direção-Geral de Administração e Emprego Público (DGAEP) negou por três vezes, em setembro, outubro e novembro deste ano, o pedido para a contratação de mais de três centenas de funcionários

O Diário de Notícias (DN) avança esta quinta-feira que o Hospital das Forças Armadas (HFAR) está à beira do colapso e que, pela primeira vez, poderá reduzir drasticamente os serviços prestados e transferir doentes para hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A situação é vivida nos polos de Lisboa e do Porto, e deve-se ao deferimento, por parte do Governo, da contratação de mais de 200 assistentes técnicos e assistentes operacionais técnicos de diagnóstico em regime de avença. O processo deveria estar concluído até final deste Estado, mas a nega do executivo de António Costa levou o HFAR a fazer um plano de contingência.

A partir do início do próximo ano, está previsto, entre outros constrangimentos, o encerramento de 68 camas de internamento nas duas cidades, a “drástica diminuição de capacidade nos cuidados intensivos”, a suspensão de 20 mil consultas e 200 cirurgias e a diminuição em 50% de toda a atividade administrativa.

"É uma enormidade o que se está a passar. Depois de tudo o que as Forças Armadas e especificamente o HFAR fizeram no apoio ao SNS durante a pandemia e que continuam ainda a fazer, recebendo doentes de outros hospitais e centenas de doentes não militares, é um grande murro no estômago", confessa ao DN uma alta patente militar inteirada do processo.

A Direção-Geral de Administração (DGAEP) e Emprego Público negou por três vezes, em setembro, outubro e novembro deste ano, o pedido para a contratação de mais de três centenas de funcionários. A direção do HFAR alertou o gabinete da ministra da Defesa e do secretário de Estado, mas nem Helena Carreiras nem Marco Capitão Ferreira conseguiram alterar a decisão na totalidade, conseguindo apenas desbloquear a contratação de perto de uma centena de médicos, enfermeiros e farmacêuticos para o polo de Lisboa.

Fonte do Ministério da Defesa garante que "os contratos relativos aos processos do pessoal médico e de enfermagem foram já autorizados" e que "quanto ao mais, a área governativa da Defesa Nacional está a envidar todos os esforços junto das outras áreas governativas competentes, em articulação com a Direção do HFAR e o EMGFA, com vista à autorização dos restantes processos".

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