Hospital garante que foi seguido o "protocolo clínico" no caso da grávida que morreu após ter sido enviada para casa. E anuncia "inquérito interno"

31 out, 12:00
Amadora Sintra

Mulher foi ao hospital Amadora-Sintra na quarta-feira para uma consulta de rotina, durante a qual lhe foi detetada "uma hipertensão ligeira". Foi enviada para casa

O hospital Fernando da Fonseca (Amadora/Sintra) abriu um inquérito interno para apurar todas as circunstâncias do caso de uma grávida de 38 semanas que morreu depois de ter ido ao hospital e ser mandada para casa.

A mulher de 37 anos e de nacionalidade guineense morreu na madrugada desta sexta-feira no hospital Amadora-Sintra, em Lisboa, onde tinha estado durante a tarde de quarta-feira para uma consulta de rotina e na qual lhe foi detetado um episódio de hipertensão. 

"A Unidade Local de Saúde Amadora/Sintra (ULS Amadora/Sintra) informa que, no dia 31 de outubro de 2025, cerca das 01:50, deu entrada no Serviço de Urgência de Obstetrícia desta ULS uma utente grávida de 38 semanas, natural da Guiné-Bissau, transportada por uma equipa do INEM, em situação de paragem cardiorrespiratória", revela o hospital em comunicado.

Segundo o hospital, "após a entrada no serviço foi realizada de imediato uma cesariana de emergência, tendo o bebé nascido às 01h56, encontra-se neste momento sob vigilância médica, com prognóstico muito reservado".

O hospital confirma ainda que, na quarta-feira, a grávida tinha estado no local, "assintomática", para uma consulta de rotina, "durante a qual foi identificada com hipertensão ligeira".

"De acordo com o protocolo clínico, a utente foi então referenciada internamente para a Urgência de Obstetrícia, onde, após a realização de vários exames complementares de diagnóstico, teve alta com indicação para internamento às 39 semanas de gestação", acrescenta a nota.

Também em comunicado, o INEM confirma que pelas 00:28 de sexta-feira, "foi recebida uma chamada no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, solicitando ajuda para uma grávida de 36 anos, com uma gestação de 38 semanas, que apresentava falta de ar". 

"Depois de realizada a triagem clínica e prestado o aconselhamento necessário, o CODU acionou uma Ambulância de Socorro, às 00h36", refere a nota, que acrescenta que "às 00:54, que a vítima se encontrava em paragem cardiorrespiratória (PCR)".

A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do HFF foi enviada para o local onde, às 01:14 "implementou as medidas de Suporte Avançado de Vida (SAV) adequadas".

"A utente foi depois encaminhada para o HFF, com acompanhamento médico da equipa da VMER, onde deu entrada pelas 01:48", refere a nota.

Este é o comunicado do hospital na íntegra:

"A Unidade Local de Saúde Amadora/Sintra (ULS Amadora/Sintra) informa que, no dia 31 de outubro de 2025, cerca das 01h50, deu entrada no Serviço de Urgência de Obstetrícia desta ULS uma utente grávida de 38 semanas, natural da Guiné-Bissau, transportada por uma equipa do INEM, em situação de paragem cardiorrespiratória. Após a entrada no serviço foi realizada de imediato uma cesariana de emergência, tendo o bebé nascido às 01h56, encontra-se neste momento sob vigilância médica, com prognóstico muito reservado.

Mais se informa que, no dia 29 de outubro de 2025, a utente dirigiu-se assintomática a este ULS para uma consulta rotina, durante a qual foi identificada com hipertensão ligeira. De acordo com o protocolo clínico, a utente foi então referenciada internamente para a Urgência de Obstetrícia, onde, após a realização de vários exames complementares de diagnóstico, teve alta com indicação para internamento às 39 semanas de gestação.

A Unidade Local de Saúde Amadora/Sintra lamenta profundamente o falecimento da utente e endereça sentidas condolências à família. Informa-se ainda que foi aberto um inquérito interno para apurar todas as circunstâncias associadas ao ocorrido".

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