Maioria dos agentes da Saúde considera essencial medidas para reter profissionais no SNS

Agência Lusa , MJC
14 jan 2022, 00:31
Hospital

Profissionais querem mecanismos que permitam maior autonomia na contratação de pessoal, possibilitando assim melhor capacidade de resposta às necessidades dos utentes

Um estudo sobre as prioridades da Saúde em Portugal conclui que 66% dos inquiridos considera essencial que os programas dos partidos às eleições legislativas incluam medidas concretas para reter profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Para dois terços da amostra é essencial saber de que forma os programas eleitorais se propõem reter e desenvolver os profissionais de saúde do SNS”, indicam as conclusões do estudo que inquiriu administradores hospitalares, profissionais do setor e associações de utentes.

Promovido pela EY e pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), os resultados do inquérito referem ainda que 65% dos inquiridos considera importante conhecer o modelo organizativo proposto para o SNS e que 99% defende que a forma de financiamento do SNS faça parte dos programas eleitorais às legislativas de 30 de janeiro.

Ainda no que respeita ao financiamento do SNS, os partidos devem apresentar medidas para a melhoria da articulação entre cuidados primários e secundários e de como pretendem promover uma relação direta entre financiamento e os resultados sentidos pelos utentes, adianta as conclusões.

Além disso, 75% das 141 entidades que responderam ao inquérito querem ver nos programas dos partidos "medidas claras" de revisão dos modelos de compensação e benefícios dos profissionais de saúde, enquanto 79% pretende propostas para tornar o acesso dos utentes ao SNS mais simples e reduzir os tempos de espera por consultas, cirurgias e exames, indicam os resultados.

“Após dois anos de pandemia, a terceira prioridade – identificada por 68% da amostra – prende-se com a necessidade de se preverem mecanismos que permitam maior autonomia na contratação de pessoal, possibilitando assim melhor capacidade de resposta às necessidades dos utentes”, refere o documento.

Já na escala de prioridades de 0 a 5, o investimento em pessoal médico (4,05) e de enfermagem (4,04) obteve as pontuações mais elevadas, seguido do alargamento e remodelação da rede de cuidados de saúde (3,91) e do investimento em equipamentos e meios complementares de diagnóstico (3,55).

“Espera-se, com as conclusões deste `survey´, dar um contributo para que o próximo Programa de Governo incorpore as matérias que são consideradas prioritárias por quem melhor conhece o setor da Saúde em Portugal”, salienta o estudo da EY e da APAH

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