Hong Kong oferece 500 mil passagens aéreas gratuitas para atrair os turistas de volta

CNN , Tamara Hardingham-Gill
9 out 2022, 20:00
Aeroporto de Hong Kong (AP)

Poucos dias depois de ter deixado cair a exigência de quarentena obrigatória em hotéis, Hong Kong confirmou os planos para oferecer meio milhão de bilhetes de avião numa tentativa de impulsionar o turismo

Hong Kong atraía cerca de 56 milhões de visitantes por ano antes da pandemia e, agora, o popular destino está a dar passos significativos para reconquistar turistas após mais de dois anos das mais duras restrições de viagem do mundo.

Poucos dias depois de ter deixado cair a exigência de quarentena obrigatória em hotéis, Hong Kong confirmou os planos para oferecer meio milhão de bilhetes de avião numa tentativa de impulsionar o turismo.

A medida, anunciada pela primeira vez há dois anos, foi confirmada à CNN por um porta-voz da Autoridade Aeroportuária de Hong Kong (AAHK), que disse que os 500 mil bilhetes, no valor de cerca de 254,8 milhões de dólares (cerca de 260 milhões de euros), iriam para visitantes globais, juntamente com os residentes.

"Em 2020, a Autoridade Aeroportuária de Hong Kong comprou antecipadamente cerca de 500 mil bilhetes de avião às companhias aéreas do território, como parte de um pacote de ajuda para apoiar a indústria aeronáutica", diz o porta-voz.

"A compra tinha como objetivo injetar liquidez nas companhias aéreas antecipadamente, enquanto os bilhetes serão entregues aos visitantes globais e residentes de Hong Kong na campanha de recuperação do mercado." Serão anunciados mais pormenores depois de terem sido tomadas as medidas relevantes com as companhias aéreas, adiantaram.

Hong Kong ficou amplamente isolada do resto do mundo devido às suas regras de quarentena da covid-19, que a certa altura obrigavam os viajantes a passar 21 dias num quarto de hotel às suas próprias custas, estando apenas os residentes de Hong Kong autorizados a entrar. O período de quarentena tinha sido, entretanto, reduzido de sete para três dias e foi oficialmente eliminado no dia 26 de setembro, o que levou os residentes a procurarem os sites das companhias aéreas para reservar voos.

Cathay Pacific, a transportadora aérea da cidade, criou uma "sala de espera" virtual para aceder ao seu website, a certa altura, enquanto o serviço de reservas de viagens online Expedia registava um aumento nove vezes superior na procura de voos de Hong Kong para Tóquio e 11 vezes superior para voos de Hong Kong para Osaka - embora o interesse em voos para Hong Kong se mantivesse inalterado, de acordo com Lavinia Rajaram, diretora de relações públicas da Expedia na Ásia.

"Esperamos dar o máximo para reconectar Hong Kong e revitalizar a nossa economia", disse o chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, numa conferência de imprensa na sexta-feira.

Mas embora a quarentena do hotel tenha sido levantada, os visitantes de Hong Kong ainda enfrentam várias regras e restrições antes e depois de chegarem. Os viajantes internacionais que chegam devem apresentar um certificado de vacinação antes do voo, bem como um teste de PCR negativo e um teste rápido de antigénio, antes de entrarem.

Uma vez autorizados a entrar, os turistas são obrigados a passar por um período de auto-monitorização de três dias, durante o qual estão proibidos de comer em restaurantes ou de visitar bares. Os visitantes também precisam de realizar testes de PCR no segundo, quarto e sexto dias após a chegada, e um teste rápido de antigénio todos os dias durante sete dias.

Maggie Hiufu Wong da CNN, Simone McCarthy, Kathleen Magramo e Jake Kwon também contribuíram para este artigo

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