Piloto saiu com vida e a primeira preocupação foi com os "homens que estavam lá dentro"
Joaquim Rocha estava a fazer a viagem de volta que faz diariamente entre Caldas de Moledo e Régua num barco rabelo, uma embarcação turística que habitualmente faz estes serviços no rio Douro.
Foi ele que retirou o piloto da aeronave que caiu em Peso da Régua, e onde seguiam ainda cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR. A equipa tinha estado a combater um incêndio ali ao lado, em Baião.
Em declarações exclusivas à CNN Portugal, Joaquim descreveu o momento em que a aeronave caiu: “Pelas 12:30 verificamos, inesperadamente, a entrada de um helicóptero, que já vinha de lado… não vinha em boas condições. Apareceu inesperadamente de nariz, caiu à água, bateu com as hélices e desfez-se”, explica.
Segundos depois o helicóptero afundou-se no rio Douro, mas de lá saiu o piloto, que a embarcação onde estava Joaquim se apressou a socorrer.
“A nossa preocupação foi aproximarmo-nos e socorrer o homem que submergiu. Foi o único, não sabíamos se havia mais alguém no helicóptero”, continua Joaquim.
Isso ficaram a saber quando resgataram o piloto, que “só falava dos homens que estavam lá dentro”.
Quanto ao piloto, que saiu com fraturas nos membros inferiores, “dizia que lhe doíam os tornozelos, que tinha os tornozelos partidos”. O homem acabou transferido para o hospital de Vila Real, onde se encontra com ferimentos considerados ligeiros.
Até ao momento foram encontrados dois corpos, havendo ainda três militares desaparecidos.
