Ucrânia pediu adesão rápida à NATO, anuncia Zelensky

30 set 2022, 15:19

"Já comprovámos a compatibilidade com os padrões da Aliança", diz o presidente ucraniano

O presidente da Ucrânia anunciou esta sexta-feira que o país entregou o pedido formal de adesão rápida à NATO.

"De facto, já chegámos à NATO. De facto, já comprovámos a compatibilidade com os padrões da Aliança. Eles são reais para a Ucrânia - reais no campo de batalha e em todos os aspetos de nossa interação. Confiamos uns nos outros, ajudamo-nos uns aos outros e protegemo-nos uns aos outros. Esta é a Aliança", escreveu Volodymyr Zelensky no Telegram.

"Estamos a dar o nosso passo decisivo ao assinar o pedido de adesão rápida da Ucrânia à NATO", completou.

Zelensky disse ainda que está "pronto para dialogar", mas que tal será "impossível" enquanto Vladimir Putin for presidente da Rússia. "A Ucrânia foi e continua a ser um líder nos esforços de negociação. Foi o nosso Estado que sempre ofereceu à Rússia um acordo de coexistência em termos iguais, honestos, decentes e justos. É óbvio que isto é impossível com este presidente russo. Ele não sabe o que é dignidade e honestidade. Por conseguinte, estamos prontos para um diálogo com a Rússia, mas já com outro presidente da Rússia", afirmou, citado pelo The Guardian.

O anúncio do presidente ucraniano surgiu cerca de uma hora após a cerimónia na qual o governo russo formalizou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia.

"A Rússia tem quatro novas regiões", anunciou Putin, arrancando uma ovação de pé da classe política que assistia à cerimónia em Moscovo - e que contou com a presença dos quatro líderes separatistas.

Importa referir que a Rússia declarou a anexação destes territórios depois de realizar aquilo que considerou como referendos em áreas ocupadas da Ucrânia. Tanto o Ocidente como Kiev denunciaram que os votos violaram o direito internacional e foram coercivos e não representativos. Já Putin defendeu que "o regime de Kiev ameaçou aqueles que participaram nos referendos com repressão": "Kiev devia respeitar a vontade do povo".

"Estas quatro regiões queriam fazer parte da Rússia", afirmou o presidente russo, justificando que os resultados dos referendos "chegaram e são conhecidos": "As pessoas fizeram a sua escolha e é a escolha definitiva".

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