PCP considera condecoração de Zelensky uma "afronta aos democratas"

Agência Lusa , MJC
16 fev 2023, 22:15
Volodymyr Zelensky em Bruxelas (GettyImages)

Partido considerou que a decisão do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, de condecorar o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade, “constitui uma afronta aos democratas e uma decisão contrária à construção de um caminho de paz

O PCP considerou esta quinta-feira que a decisão do Presidente português de condecorar o homólogo ucraniano com a Ordem da Liberdade é uma "afronta aos democratas" porque Volodymyr Zelensky “personifica um poder xenófobo, belicista e antidemocrático".

Numa nota enviada às redações, o PCP considerou que a decisão do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, de condecorar o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade, “constitui uma afronta aos democratas e uma decisão contrária à construção de um caminho de paz”.

Os comunistas criticam esta condecoração “em vésperas das comemorações dos 50 anos da Revolução libertadora de Abril”, acusando o Presidente ucraniano de personificar “um poder xenófobo, belicista e antidemocrático, rodeado e sustentado por forças de cariz fascista e nazi”.

A condecoração, para o PCP, “só pode ser recebida com indignação por todos quantos conhecem o valor da luta pela liberdade que o povo português travou ao longo de décadas contra o regime fascista”.

Na quarta-feira, numa nota colocada no portal da Presidência na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a condecoração do Presidente da Ucrânia, admitindo que antecipou o anúncio na sequência de uma "iniciativa parlamentar sobre esta matéria".

"O Presidente da República tencionava anunciar no dia 24 deste mês, data em que se completa um ano sobre a agressão da Rússia contra a Ucrânia, a condecoração do Presidente Zelensky. Tendo em conta a iniciativa parlamentar sobre esta matéria, anuncia desde já que decidiu atribuir ao Presidente da Ucrânia o Grande-Colar da Ordem da Liberdade", podia ler-se na nota.

De acordo com a edição do Público daquele dia, o PAN pretendia assinalar o primeiro ano da guerra com uma proposta de condecoração de Zelensky, o que levou o chefe de Estado português a antecipar o anúncio.

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