Rússia reivindica morte de mais um português (porque diz que outros 19 já morreram na guerra)

Agência Lusa , FMC
12 jul 2022, 19:09
Vladimir Putin e o ministro da defesa russo Sergei Shoigu (Mikhail Metzel/ AP)

Kremlin diz que 105 portugueses viajaram para a Ucrânia desde o início da guerra de forma a combaterem no conflito

A Rússia reivindicou esta terça-feira a morte de 391 combatentes estrangeiros na Ucrânia nas últimas três semanas, incluindo um que o Ministério da Defesa russo identificou como português.

Além dos combatentes abatidos pelas forças russas, o Ministério disse que, no mesmo período, 240 combatentes estrangeiros fugiram da Ucrânia e 151 chegaram ao país que a Rússia invadiu em 24 de fevereiro.

“Nas últimas três semanas, o número de mercenários na Ucrânia diminuiu de 3.221 para 2.741 como resultado das ações ofensivas das unidades das Forças Armadas russas e das milícias populares das repúblicas de Lugansk e Donetsk”, disse o Ministério da Defesa russo num comunicado.

O Ministério divulgou na rede social Telegram uma lista de combatentes por países, em que refere a chegada de 105 de Portugal desde o início do conflito.

Desse total, 20 figuram como mortos e outros 20 como tendo fugido, pelo que continuariam 65 na Ucrânia, segundo os dados divulgados por Moscovo.

Relativamente à tabela anterior, divulgada em 17 de junho, Portugal aparece com mais duas chegadas, mais uma morte e mais quatro saídas da Ucrânia.

O Ministério da Defesa russo disse que a Polónia encabeça a lista de estrangeiros que estão a combater contra as forças de Moscovo na Ucrânia, com 1.835 chegadas desde a invasão.

Nas últimas três semanas, as forças russas abateram 166 polacos, disse o Ministério, elevando para 544 o número de combatentes deste país que foram mortos desde o início da guerra.

A Polónia tem fronteiras com a Ucrânia e com a Bielorrússia, um país aliado de Moscovo, e ainda com o enclave russo de Kaliningrado, no Mar Báltico.

A lista divulgada por Moscovo inclui combatentes de 65 nacionalidades, sendo 34 de países da Europa, 12 da Ásia, nove da América, oito de África e dois da Oceânia.

O Ministério russo disse que está a identificar os estrangeiros que se oferecem para combater pela Ucrânia e revelou o nome de dois britânicos e três norte-americanos que alegadamente chegaram a 6 de julho a um centro de alojamento numa morada específica na cidade polaca de Zamosc.

“Aconselhamos estes cidadãos a caírem em si e a regressarem vivos a casa”, disse o Ministério.

“Segundo o Direito Humanitário Internacional, todos os mercenários estrangeiros são não-combatentes e o melhor que os espera se forem capturados vivos é um julgamento e penas máximas de prisão”, acrescentou.

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