Rússia liberta 108 mulheres ucranianas capturadas durante a guerra: há fotografias (a Ucrânia libertou 110 russos)

18 out 2022, 11:41
Rússia liberta mais de 100 prisioneiras de guerra ucranianas (Foto: Andrii Yermak via EPA)

Moscovo e Kiev voltaram a trocar detidos, com uma particularidade: russos libertaram apenas mulheres, que chegaram ao final do dia de segunda-feira em autocarros a Zaporizhzhia

A Rússia e a Ucrânia voltaram a trocar prisioneiros de guerra, desta vez com uma particularidade: o lado russo libertou apenas mulheres, permitindo o regresso de 108 ucranianas ao país de origem. A informação foi confirmada por Volodymyr Zelensky na noite de segunda-feira, na sua intervenção diária. 

"A próxima fase da libertação do nosso povo de cativeiro russo realizou-se", disse Zelensky, citado pelo Guardian. "Conseguimos fazer regressar 108 mulheres ucranianas: agentes, sargentos, cabos, exército, marinha, defesa territorial, guardas nacionais, guardas fronteiriças", detalhou o presidente. A Ucrânia, por seu lado, libertou 110 russos nesta troca de prisoneiros.

Prisioneiras de guerra ucranianas libertadas na segunda-feira (Foto: Andrii Yermak via EPA)

O chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, confirmou em declaração emitida ao final do dia de segunda-feira que foi a primeira troca de prisioneiros totalmente feminina para a Ucrânia. "Mães e filhas estavam em cativeiro e os seus familiares estavam à espera delas", escreveu Yermak. Entre as libertadas estavam 37 mulheres capturadas durante o cerco à cidade porturária de Mariupol, inclusivamente 12 civis. 

Yermak disse ainda que se tratou de uma "troca nervosa" de prisioneiros. As ucranianas chegaram a Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, em vários autocarros. Todas serão agora submetidas a exames médicos e reabilitação se for necessário. Uma das detidas revelou que só perceberam no último momento que iriam ser libertadas. 

(Foto: Andrii Yermak via EPA)

Do lado russo, houve confirmação da troca de prisioneiros em comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa de Moscovo, que referiu que, entre os libertados, estavam 72 marinheiros, regressados à Rússia "como resultado de negociações" com Kiev. Segundo a Defesa russa, duas mulheres ucranianas "recusaram voluntariamente regressar à Ucrânia".

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