Rússia avisa o Ocidente: entrada da Finlândia na NATO cria riscos significativos de expansão da guerra

CNN Portugal , DCT
4 abr 2023, 11:52
Um soldado ucraniano junto a uma pilha de restos de munições de morteiros lançados pela Rússia sobre Bakhmut. 15 fevereiro 2023. Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP via Getty Images

Por sua vez, a NATO ironiza com Putin: o presidente russo queria "menos NATO nas suas fronteiras" quando invadiu a Ucrânia e agora está a ter "exatamente o oposto"

Sergei Shoigu, ministro da Defesa da Rússia, diz que a entrada da Finlândia na NATO cria riscos significativos de expansão do conflito, avança a Reuters. Assim que foi feito o anúncio da adesão da Finlândia à NATO, a Rússia alertou para o reforço da capacidade militar a oeste e noroeste do país - e já conta com o apoio de caças bielorrussos.

“Algumas das aeronaves de ataque em solo bielorrusso receberam a capacidade de atacar alvos inimigos com armas nucleares”, anuncia Shoigu, num discurso para a liderança das forças armadas da Rússia, citado pela RIA, agência de notícias estatal russa.

Como enfatizou o governante, esta é uma resposta “ao aumento da prontidão de combate das forças combinadas da NATO e à intensificação das atividades dos serviços de informação da aliança perto das fronteiras da Rússia e da Bielorrússia”, lê-se na RIA.

O Kremlin diz que a adesão da Finlândia à NATO arrisca “uma expansão significativa do conflito”, classificando a entrada como uma “invasão” da “segurança” da Rússia e dos “interesses nacionais” do país e que, por isso, a Rússia poderá ser forçada a tomar “contra-medidas”, cita o The Guardian.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, reconhece que Putin já mostrou “que está disposto” a usar as tropas militares contra os vizinhos, mas que esse é apenas mais um motivo para “fortalecer a NATO, a nossa prontidão, a nossa presença na parte oriental da Aliança”. No entanto, descarta mudanças na postura nuclear por parte da Rússia que mereça mudanças por parte da NATO nessa matéria.

No seu discurso desta terça-feira, dia em que a Finlândia passa oficialmente a fazer parte da NATO, Stoltenberg ironiza que Vladimir Putin queria “menos NATO nas suas fronteiras” quando decidiu invadir a Rússia mas que agora, com a adesão da Finlândia “e em breve também da Suécia”, está “a ter exatamente o oposto”.

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