Decisão surge um dia após a marca ter anunciado que ia retomar as operações, e no mesmo dia em que Volodymyr Zelensky falou ao parlamento francês
O conselho de administração da Renault anunciou esta quarta-feira a suspensão de todas as atividades na Rússia. Esta é uma mudança de posição, depois de a construtora francesa ter dito que ia retomar as operações ainda esta terça-feira.
Essa notícia foi mal recebida um pouco por todo o mundo, sobretudo na Ucrânia, que desencadeou uma operação de pressão à marca francesa, que é detida maioritariamente pelo Estado francês (61,88%).
Isso não terá pesado pouco durante o discurso de Volodymyr Zelensky ao parlamento francês. O presidente ucraniano pediu que todas as empresas francesas deixassem a Rússia, e não se esqueceu da Renault.
“As empresas francesas devem deixar de imediato o mercado russo. A Renault, o Auchan e o Leroy Merlin e outras marcas têm de parar de patrocinar a marca de guerra russa”, afirmou.
Segundo o comunicado, a marca francesa está a estudar uma forma de continuar a pagar os salários aos 45 mil funcionários que estão a seu cargo na Rússia.
A pressão à marca surgiu também do ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, que pouco mais de uma hora antes da decisão da Renault, pedia um boicote global à empresa.
Renault refuses to pull out of Russia. Not that it should surprise anyone when Renault supports a brutal war of aggression in Europe. But mistakes must come with a price, especially when repeated. I call on customers and businesses around the globe to boycott Group Renault. pic.twitter.com/STFeafnCoi
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 23, 2022