Reviravolta na Renault. Empresa volta atrás e suspende atividades na Rússia

23 mar 2022, 20:55
Emmanuel Macron em visita a uma fábrica da Renault (Etienne Laurent/AP)

Decisão surge um dia após a marca ter anunciado que ia retomar as operações, e no mesmo dia em que Volodymyr Zelensky falou ao parlamento francês

O conselho de administração da Renault anunciou esta quarta-feira a suspensão de todas as atividades na Rússia. Esta é uma mudança de posição, depois de a construtora francesa ter dito que ia retomar as operações ainda esta terça-feira.

Essa notícia foi mal recebida um pouco por todo o mundo, sobretudo na Ucrânia, que desencadeou uma operação de pressão à marca francesa, que é detida maioritariamente pelo Estado francês (61,88%).

Isso não terá pesado pouco durante o discurso de Volodymyr Zelensky ao parlamento francês. O presidente ucraniano pediu que todas as empresas francesas deixassem a Rússia, e não se esqueceu da Renault.

“As empresas francesas devem deixar de imediato o mercado russo. A Renault, o Auchan e o Leroy Merlin e outras marcas têm de parar de patrocinar a marca de guerra russa”, afirmou.

Segundo o comunicado, a marca francesa está a estudar uma forma de continuar a pagar os salários aos 45 mil funcionários que estão a seu cargo na Rússia.

A pressão à marca surgiu também do ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, que pouco mais de uma hora antes da decisão da Renault, pedia um boicote global à empresa.

 

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