Siderurgia é o último reduto ucraniano na cidade de Mariupol
Quase todos os edifícios da fábrica Azovstal foram destruídos, revelam imagens de satélite da Maxar Technologies obtidas pela CNN Internacional.
As imagens da empresa americana mostram grandes buracos nos telhados da fábrica após inúmeros ataques. Muitos dos edifícios residenciais e governamentais diretamente a leste da siderurgia foram também completamente destruídos.
A fábrica de aço serve de refúgio a milhares de civis e elementos do Batalhão de Azov, força ucraniana que assegura a defesa da cidade portuária. Pelas imagens, não é claro se algum dos ataques russos terá destruído os bunkers.
Svyatoslav Palamar, um comandante do Batalhão de Azov no local, disse na sexta-feira à CNN Internacional que a fábrica foi intensamente bombardeada por artilharia e ataques aéreos.
"Há caves e bunkers que não podemos alcançar porque estão debaixo de escombros", disse Palamar. "Não sabemos se as pessoas lá estão vivas ou não. Há crianças entre os quatro meses e os 16 anos de idade. Mas há pessoas presas em lugares a que não se pode chegar".
A retirada segura de todas as pessoas na Azovstal era um dos objetivos da visita de António Guterres a Moscovo, onde se reuniu com Vladimir Putin e Sergei Lavrov. Contudo, o desejo do Secretário-Geral da ONU não foi cumprido.
