Putin vai condecorar os "heróis da Rússia" que participaram na "libertação" de Lugansk

4 jul 2022, 17:09
Vladimir Putin fala sobre tomada de Lugansk com o ministro da Defesa da Rússia (Kremlin/AP)

Soldados que participaram na tomada de Lugansk vão ter descanso, mas Vladimir Putin avisou que os restantes devem continuar a operar

O presidente da Rússia parabenizou esta segunda-feira as tropas russas pela “libertação” da região de Lugansk, no este da Ucrânia. Com as conquistas das cidades de Severodonetsk e Lysychansk o exército russo passou a exercer total domínio naquela zona, dando assim um passo decisivo para o objetivo principal da guerra: tomar o Donbass, onde ficam as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk.

Numa conversa com o ministro russo da Defesa, que foi transmitida através da televisão, Vladimir Putin disse que as tropas envolvidas na operação devem agora descansar, ao contrário de outros militares, que devem prosseguir os combates.

“Os meus parabéns e agradecimentos também são dirigidos aos corpos da milícia popular de Lugansk”, afirmou, referindo-se aos separatistas pró-russos que combatem ao lado do exército de Moscovo.

Segundo Vladimir Putin, estes militares demonstraram “coragem e heroísmo no mais verdadeiro sentido da palavra”. Por isso mesmo vão ser distinguidos, bem como todos aqueles que combatam pela Rússia na Ucrânia.

"Baseando-me nos relatórios, sei que o exército russo tem muitos, uns quantos guerreiros bravos e profissionais. Todos eles devem ser condecorados com as honras de Estado apropriadas", acrescentou.

Dois dos primeiros a serem condecorados serão o coronel-general Alexander Lapin e o major-general Esedulla Abachev, que vão receber títulos de "heróis da Rússia", depois de terem sido os líderes da tomada de Lugansk.

Apesar da vitória, Vladimir Putin continua de olhos colocados em novos objetivos, tanto no "este como no oeste" da Ucrânia. Será por isso de esperar uma continuação da ofensivas em Odessa, cidade portuária estratégica que, caso caia para o lado russo, será crucial para os objetivos de dominar o Mar Negro e de criar um corredor entre a Rússia e a Transnístria, província pró-russa que pretende a independência da Moldova.

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