Principal general dos EUA na Europa pede envio de F-16 e mísseis de longo alcance para a Ucrânia "entrar mais" nas posições russas

20 fev 2023, 19:15
Caças F-16 (Armando Franca/AP)

Christopher Cavoli entende que isso dará espaço para a Ucrânia conseguir empurrar a Rússia na linha da frente

Era para ter sido uma reunião secreta, mas rapidamente deixou de o ser. O principal general dos Estados Unidos na Europa foi recebido por dez senadores, aos quais afirmou que o fornecimento de certo tipo de armamento à Ucrânia pode ser decisivo no desenrolar da guerra.

De acordo com o Politico, o general Christopher Cavoli, que é comandante do Comando Europeu dos Estados Unidos e Comandante Supremo Aliado da Europa, respondeu com um simples “sim” às questões dos legisladores sobre se o envio de equipamento como caças F-16, drones e mísseis de longo alcance poderia ajudar a Ucrânia a ganhar a guerra.

A questão dos F-16 é particularmente sensível. O presidente dos Estados Unidos deu um não redondo ao envio destes caças por parte das forças norte-americanas, ainda que não se oponha ao envio por parte de outros países.

Já quanto aos mísseis de longo alcance, e segundo Christopher Cavoli, são armas necessárias para atacar posições russas mais distantes, nomeadamente com o objetivo de isolar zonas que podem ficar em perigo de não receber mais abastecimento. Recorde-se que a Ucrânia já se comprometeu, caso venha a receber estes mísseis, a não os utilizar contra território russo, mas apenas contra zonas ocupadas, como Donetsk ou Lugansk.

As palavras do general norte-americano, que se encontrou com os senadores à margem da Conferência de Segurança de Munique, vai um pouco mais além da posição de outros militares de topo, que se têm mostrado mais cautelosos, sobretudo em relação ao envio de aviões.

Com menos dúvidas, Christopher Cavoli, disse aos legisladores que os Estados Unidos e os aliados devem enviar as suas armas mais avançadas para o terreno, incluindo os tais aviões, mas também mísseis que podem chegar a alcances superiores a 100 quilómetros, como é o caso dos ATACMS, que até têm um alcance superior a 300 quilómetros. Considera o militar que isso daria uma vantagem a Kiev na tentativa de empurrar as tropas russas nos diferentes territórios.

Um dos objetivos, de acordo com uma das pessoas presentes na reunião, é que a Ucrânia consiga “entrar mais” nas posições russas, objetivo para o qual necessita de equipamento que “melhore a capacidade de luta”.

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