Portugal vai aplicar sanções contra oligarcas russos, mesmo que "sejam portugueses"

15 mar 2022, 17:19

Garantia é do ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva, depois de a União Europeia ter incluído Roman Abramovich, que tem nacionalidade portuguesa desde abril de 2021, no novo pacote de sanções contra personalidades russas

Portugal vai aplicar as sanções impostas pela União Europeia aos oligarcas russos, mesmo que afetem cidadãos portugueses.

"Essas sanções são apoiadas por Portugal e são cumpridas escrupulosamente pelas autoridades portuguesas a partir do momento em que são decididas. Isso tem acontecido quer os sancionados sejam candidatos a autorizações de residência para investimento, quer sejam portugueses também", garantiu nesta terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, no Parlamento. 

O multimilionário russo Roman Abramovich, a quem foi concedida nacionalidade portuguesa em abril de 2021 por ser descendente de judeus sefarditas expulsos do Península Ibérica durante a Inquisição, está entre os vários oligarcas da nova lista de sanções da UE, já depois de também ter sido visado pelo governo britânico na semana passada, o que forçou a suspensão da venda do seu clube de futebol Chelsea.

Augusto Santos Silva salientou ainda a unidade e clareza na condenação europeia da invasão russa e as propostas para enfrentar o “abalo tectónico” que a guerra representa. Portugal, referiu o ministro, subscreveu a posição de que é necessário "ser firme e não ambíguo” perante a situação, mas também prudente, tal como ficou claro no Conselho Europeu, que se reuniu em Versalhes.

Os líderes europeus disseram, claramente, que “a Rússia trouxe de volta a guerra à Europa”, recordou Santos Silva no Parlamento.

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