Presidente dos EUA anunciou a libertação de um milhão de barris por dia, durante seis meses, para fazer face ao aumento dos preços dos combustíveis
O presidente dos EUA Joe Biden afirmou esta quinta-feira, num discurso na Casa Branca, que Vladimir Putin "parece estar em autoisolamento" na Rússia.
"Ele (Putin) parece estar em autoisolamento e há indícios de que despediu ou colocou em prisão domiciliária alguns dos seus conselheiros. Mas não quero depositar muita confiança nisso neste momento", disse Biden, citado pela Reuters.
Washington tinha revelado na quarta-feira relatórios das suas agência de inteligência a sugerir que Putin se sentiu enganado pelos seus conselheiros, porque estes lhe estavam a esconder informação sobre o decurso da guerra na Ucrânia e o efeito das sanções sobre a economia russa.
O presidente americano garantiu não haver "provas claras" de que a Rússia está a retirar as suas tropas das regiões de Kiev e Chernihiv, como prometido no início da semana, e afirmou que a questão de Putin estar ou não a ser mal aconselhado pelos que o rodeiam "permanece em aberto".
Joe Biden também confirmou que o governo americano vai libertar um milhão de barris de petróleo todos os dias, provenientes das reservas estratégicas do país, para fazer face ao aumento dos preços dos combustíveis. A medida terá a duração de seis meses.
O presidente dos EUA culpou Putin pelo aumento dos preços sentido pelos bolsos dos americanos.
"A razão para a subida dos preços é a guerra de Putin. Agora, muitos países não compram petróleo à Rússia. Bani as importações de petróleo da Rússia, era a coisa certa a fazer. Mas disse na altura que isso iria trazer um custo. À medida que o petróleo russo sai dos mercados mundiais, o fornecimento reduz-se e os preços sobem. A subida de preços de Putin está a ser sentida pelos americanos nas bombas", afirmou Biden, citado pela CNN.
Lembrando que as empresas petrolíferas americanas estão a registar lucros recorde, Biden disse que estas têm duas escolhas: usar esses lucros para produzir mais petróleo e ajudar os americanos, ou "explorar a situação", alertando que as empresas que não aumentarem a produção poderão pagar pela sua "inação".
