Mísseis com alcance até 500 quilómetros em ação na Ucrânia. Novas imagens dos sistemas HIMARS

5 jul 2022, 09:47
Sistema de lançamento de mísseis HIMARS (AP)

Estes sistemas de lançamento, produzidos pela Lockheed Martin, têm um alcance máximo de 500 quilómetros, e são uma das armas mais sofisticadas ao dispor das forças ucranianas

As Forças Armadas da Ucrânia divulgaram esta segunda-feira novas imagens dos sistemas de lança-foguetes HIMARS em ação.

Estes sistemas de lançamento, produzidos pela Lockheed Martin, são uma das armas mais sofisticadas ao dispor das forças ucranianas, dada a sua elevada mobilidade e pouca necessidade de intervenção humana, já que precisa apenas de três tripulantes. Ao serviço desde 2010, cada unidade custa cerca de 5 milhões de dólares, tendo já sido produzidas 540 unidades. Podem carregar seis mísseis da série M30, de 227 milímetros, dois ATACMS (Sistema de Mísseis Táticos do Exército), ou um Míssil de Ataque de Precisão. O alcance máximo deste dispositivo é de 300 quilómetros, quando utilizados os mísseis ATACMS, podendo chegar aos 500 quilómetros no caso de um Míssil de Ataque de Precisão.

O primeiro teatro de operações em que foi utilizado foi o Afeganistão. Um dos primeiros ataques relatados não teve, contudo, sucesso, já que os mísseis não atingiram os alvos pretendidos e mataram 12 civis durante a Batalha de Marjah, no sul do país, o que levou à suspensão do seu uso. O armamento voltou ao ativo pouco depois, já que as mortes de civis foram atribuídas ao uso de escudos humanos por parte dos talibãs. Em novembro de 2015, estes sistemas chegaram ao Iraque, para ajudar no combate ao Estado Islâmico e, no ano seguinte, foram utilizados na Síria, com a mesma finalidade.

Este armamento foi fornecido pelos EUA, tendo as últimas quatro unidades pedidas por Kiev chegado à Ucrânia no dia 23 de junho. Na altura, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, agradeceu o envio destas armas ao homólogo norte-americano, Lloyd Austin.

"Obrigado ao meu colega e amigo americano Lloyd J. Austin III (secretário de Estado da Defesa dos EUA) por estas poderosas ferramentas! O verão vai ser quente para os ocupantes russos. E o último para alguns deles", vaticinou Reznikov.

A sua introdução provou ser um sucesso. No início deste mês, um oficial de Defesa dos EUA, citado pelo The Hill, referiu que os HIMARS foram capazes de destruir postos de controlo da Rússia durante a invasão.

"Por ser um sistema tão preciso e de longo alcance, os ucranianos são capazes de selecionar cuidadosamente alvos que irão minar o esforço da Rússia de uma forma mais sistemática, certamente mais do que seriam capazes de fazer com os sistemas de artilharia de curto alcance”, referiu.

"O que se vê é que os ucranianos estão na realidade a selecionar sistematicamente os alvos e depois a atingi-los com precisão, fornecendo assim este método preciso de degradar a capacidade russa. Vejo-os a poderem continuar a utilizar isto em Donbas", completou.

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