Jerónimo assume guerra na Ucrânia e recusa apoio à Rússia: “Não estamos do lado deste ou daquele, estamos do lado da paz"

25 abr 2022, 17:15

Jerónimo de Sousa assumiu à CNN Portugal que se vive uma situação “de guerra” e negou qualquer apoio à intervenção russa na Ucrânia

Em dia de liberdade, com milhares de pessoas no desfile do 24 de abril, em Lisboa, Jerónimo de Sousa, assumiu, em declarações exclusivas à CNN Portugal, durante o evento, que a Europa vive uma “situação de guerra”. “É claro. Isso é evidente. É uma situação de guerra”, disse. 

Questionado sobre não havia um apoio à posição russa neste conflito, o líder do PCP fez questão de responder de forma expressiva: “Claro que não. Obviamente que não. Não estamos do lado deste o daquele, estamos do lado da paz”.

Instantes antes, e após insistência dos jornalistas no tema, Jerónimo de Sousa, tinha ficado um pouco incomodado. Mas, depois, mais calmo, foi firme na defesa da posição do partido:

“Admito que a coerência muitas vezes pague uma fatura, mas não nos levam à ideia de querermos a guerra. Queremos a paz, somos contra a guerra. E aqui nos mantemos e nos firmamos, com toda a coerência, firmeza, coragem e honra”.

Quanto ao papel de Portugal, no contexto europeu e perante o conflito que se vive, Jerónimo de Sousa considerou que o país devia “ajudar a procurar uma solução pacifica, negociada, entre as partes do conflito, para pôr fim à guerra. Procurar que a paz prevaleça na defesa de interesses humanistas essencialmente”.

Numa Avenida da Liberdade repleta de milhares de pessoas, o líder comunista considerou que a manifestação tinha “um grande significado” e que era “um grande desmentido para quem diz que os jovens não estão interessados”.

Considerando que há décadas, já a vivermos em democracia, que as lutas e reivindicações se repetem nesta data, Jerónimo de Sousa defendeu que “quando se luta nem sempre se ganha, mas quando não se luta, perde-se sempre”.
 

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