Já terão morrido dez generais russos desde que começou a guerra na Ucrânia

6 jun 2022, 16:46
Combates em Mariupol. (AP Photo/Alexei Alexandrov)

Roman Kutuzov terá sido morto durante combates com as tropas ucranianas em Lugansk. É o décimo a morrer desde o início da invasão, segundo as contas de Kiev

Desde o início da guerra já terão morrido dez generais russos na Ucrânia, o mais recente em Lugansk, nas últimas horas. Dos 20 generais que o Ocidente acredita que a Rússia levou para território ucraniano, quase metade (50%) já terão perdido a vida, no entanto, o número de generais e coronéis mortos não é oficial - há meios de comunicação a anunciar que são 12 os que já morreram - e alguns dos óbitos declarados pela Ucrânia não foram confirmados pela Rússia.

De acordo com a informação avançada esta segunda-feira pelas Forças Armadas da Ucrânia, o general russo Roman Kutuzov, o último a perder a vida em combate, terá morrido durante um confronto com as tropas ucranianas em Lugansk. Kutuzov era major-general e comandante do 5.º Exército que liderava um ataque a uma base ucraniana em Popasna.

Já no fim de semana a Ucrânia tinha anunciado a morte de mais um general russo, Roman Berdnikov, que era comandante do 29.º Exército. Tanto a morte de Berdnikov como a de Kutuzov não foram ainda confirmadas por Moscovo, mas já estão a ser noticiadas na imprensa russa, que dá conta que, a confirmar-se, é apenas o quarto general morto em combate.

A primeira baixa de peso confirmada foi Andrei Sukhovetsky, um major-general que comandava a 7.ª Divisão Aérea. O oficial russo de 47 anos terá morrido no dia 3 de março, apenas oito dias depois do início do conflito, vítima da pontaria de um sniper ucraniano.

Apenas quatro dias depois, a Ucrânia voltava a comunicar a morte de outro general russo, Vitaly Gerasimov, major-general e primeiro vice-comandante do 41.º exército do Distrito Militar Central da Rússia, eliminado pelas tropas ucranianas nos arredores da cidade de Kharkiv, um dos principais alvos russos no início da ofensiva.

A 11 de março, Andrei Kolesnikov, comandante do 29.º Exército Combinado de Armas, foi também morto em combate.

Ainda em março, em Mariupol, o major-general Oleg Mityaev, comandante da 150.ª divisão de fuzileiros motorizados, foi morto por combatentes do Batalhão Azov. Também o coronel Sergei Sukharev, comandante do 331.º regimento de paraquedistas, foi morto juntamente com várias outras chefias russas, de acordo com a televisão estatal russa. As forças ucranianas disseram que tudo aconteceu numa emboscada ao seu posto de comando.

O comandante do oitavo esquadrão de Armas Combinadas, Andrei Mordvichev, morreu numa contraofensiva ucraniana, junto ao aeroporto de Kherson, no sul do país, também em março e nesse mês registou-se ainda a morte do vice-comandante da frota russa do Mar Negro, o capitão Andrey Paly, que perdeu a vida durante o cerco à cidade portuária de Mariupol.

Um mês após a invasão russa, as tropas ucranianas já reivindicavam a morte de sete generais russos em combate. A 25 de março, as forças armadas ucranianas anunciaram que o tenente-general Yakov Rezantsev tinha sido morto durante os combates em Chornobaiivka, na região de Kherson, no sul do país.  Segundo a Ucrânia, o oficial do exército russo era o comandante do 49.º Exército Combinados de Armas do Distrito Militar Sul da Federação da Rússia. 

Em abril, o general Vladimir Frolov, vice-comandante do 8.º Exército, morreu na região de Donbass e foi enterrado na zona de São Petersburgo. A Rússia confirmou o óbito.

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