Kiev tem dado uso ao sofisticado armamento de fabrico norte-americano, que recebeu em junho, para atingir os locais onde Moscovo guarda armamento nas regiões da Ucrânia ocupada
Os ucranianos continuam a recorrer ao sofisticado sistema de mísseis HIMARS para atacar de forma cirúrgica os depósitos de armas russos localizados em território ocupado na Ucrânia.
Na noite de segunda-feira, em Nova Kakhovka, na região de Kherson, no sul da Ucrânia, os meios de informação ucranianos avançaram que as forças nacionais terão atingido mais um local de armazenamento de armamento dos russos, provocando detonações ao longo de cerca de quatro horas.
Another warehouse with Russian weapons was destroyed, with which Russian soldiers killed citizens of Ukraine.
Thanks to our American friends who delivered HIMARS. The more such weapons there are, the faster peace will come in Ukraine
#HIMARS #Ukraine️ #NovaKakhovka pic.twitter.com/ghzq7sKoKQ— takagiiii💙💛 (@OFFREDDRAGON) July 11, 2022
Do lado de Moscovo, a agência de notícias russa TASS confirmou que o ataque foi levado a cabo usando o sistema de fabrico norte-americano, citando declarações de Ekaterina Gubareva, vice-governadora designada pela administração russa, divulgadas através do Telegram. "Acabo de receber uma mensagem sobre um ataque na nossa bela e pacífica Nova Kakhovka. Foi usado o americano HIMARS", escreveu Gubareva.
O líder russo regional, Vladimir Leontyev, foi citado pela TASS garantindo que "várias pessoas ficaram feridas" no ataque e que um hospital, um mercado e várias habitações que ficavam num raio de dois quilómetros do alvo principal tinham sido danificados.
A TASS também escreve que o ataque danificou edifícios e levou a uma explosão em armazéns de fertilizantes, ainda que os ucranianos afirmem que o alvo foi o referido depósito de armamento das forças de Moscovo.
A Ucrânia tem procurado travar o avanço russo na região separatista do Donbass, nomeadamente com recurso às armas recebidas dos países do Ocidente, respondendo ao poderio superior da artilharia russa.
Another warehouse with Russian weapons was destroyed, with which Russian soldiers killed citizens of Ukraine.
Thanks to our American friends who delivered HIMARS. The more such weapons there are, the faster peace will come in Ukraine
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Kiev tem atacado também os postos de comando russos, sobretudo desde meados do mês de junho, quando as forças ucranianas começaram a utilizar os sistemas de mísseis HIMARS, fornecidos pelos EUA.
Na altura, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, agradeceu o envio destas armas ao homólogo norte-americano, Lloyd Austin.
"Obrigado ao meu colega e amigo americano Lloyd J. Austin III (secretário de Estado da Defesa dos EUA) por estas poderosas ferramentas! O verão vai ser quente para os ocupantes russos. E o último para alguns deles", escreveu Reznikov no Twitter.
HIMARS have arrived to Ukraine.
— Oleksii Reznikov (@oleksiireznikov) June 23, 2022
Thank you to my 🇺🇲 colleague and friend @SecDef Lloyd J. Austin III for these powerful tools!
Summer will be hot for russian occupiers. And the last one for some of them. pic.twitter.com/BTmwadthpp
Ao serviço desde 2010, cada unidade deste sistema custa cerca de 5 milhões de dólares, tendo já sido produzidas 540 unidades. Podem carregar seis mísseis da série M30, de 227 milímetros, dois ATACMS (Sistema de Mísseis Táticos do Exército), ou um Míssil de Ataque de Precisão. O alcance máximo deste dispositivo é de 300 quilómetros, quando utilizados os mísseis ATACMS, podendo chegar aos 500 quilómetros no caso de um Míssil de Ataque de Precisão.