Ferida e com uma ligadura na cabeça. A imagem de Olga a amamentar a filha depois de terem escapado a um ataque russo

21 mar 2022, 10:24
Olga, Dmytro e a filha Victoria (Reuters)

Olga está a ser tratada neste hospital devido aos múltiplos ferimentos que tem na cara e no corpo. A filha saiu ilesa, tendo apenas alguns hematomas

Esta mulher também está a tornar-se um símbolo da invasão russa da Ucrânia. Depois da grávida ferida no ataque aéreo à maternidade de Mariupol, agora o mundo conhece Olga. Tem 27 anos, está gravemente ferida e surge na reportagem da Reuters com uma ligadura na cabeça, vários ferimentos na cara, a amamentar a filha no hospital pediátrico de Okhmatdyt, na Ucrânia.

Olga e a filha Victoria (imagem retirada da reportagem da Reuters)

Victoria tem apenas seis semanas, nasceu pouco antes da guerra começar. Numa entrevista à agência Reuters, Olga, que não quis revelar o apelido, contou que se assustou e entrou em pânico quando viu a filha cheia de sangue: "Eu fui atingida na cabeça e o sangue começou a escorrer. E escorreu para cima da minha bebé. Eu não conseguia entender, eu pensei que o sangue era dela".

Foi Dmytro, pai de Victoria, que levou a menina para o hospital. Também em entrevista à Reuters, contou que, para acalmar a mulher, disse-lhe que o sangue era dela e não da filha. Mesmo depois deste episódio, tentam manter-se esperançosos: "Não nos resta mais nada a não ser mantermo-nos positivos, acreditar que isto é a pior coisa, a coisa mais horrível que nos podia ter acontecido".

Olga, Dmytro e a filha Victoria (imagem retirada da reportagem da Reuters)

Nas imagens, é possível ver Victoria tapada com um cobertor de emergência térmico para a manter quente. Segundo a mãe, foi isso que a salvou. 

"Foi isso que manteve a minha bebé viva. Eu consegui tapá-la a tempo", explicou.

Olga está a ser tratada neste hospital devido aos múltiplos ferimentos que tem na cara e no corpo. A filha saiu ilesa, tendo apenas alguns hematomas. 

No último balanço das Nações Unidas, feito na tarde de domingo, desde o início da guerra que já morreram 902 civis. Há ainda 1.459 feridos. No entanto, a ONU sublinha que o total de vítimas pode ser muito maior, dada a dificuldade em obter informações de cidades muito atacadas, como Mariupol e Sumy.

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