Os drones vinham para matar Putin: o que diz o Kremlin - houve explosões, há acusações

João Guerreiro Rodrigues , Artigo atualizado às 16:36
3 mai 2023, 14:01

Vídeos mostram colunas de fumo junto ao principal edifício do governo russo. Presidência russa já reagiu. Ucrânia diz que ataque era previsível e faz parte de uma estratégia russa para escalar o conflito

A Rússia acusa a Ucrânia de ter feito uma tentativa de assassínio do presidente russo, Vladimir Putin, na sua residência oficial, no Kremlin, em Moscovo. Segundo o gabinete de comunicação do governo russo, dois drones ucranianos foram neutralizados pelas defesas antiaéreas russas perto de um dos locais onde o presidente passa mais tempo.

 "Dois veículos aéreos não tripulados tinham como alvo o Kremlin. Como resultado de ações oportunas tomadas pelos militares e serviços especiais através de sistemas de defesa eletrónica, os veículos foram colocados fora de ação", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em declarações à agência estatal russa RIA Novosti. 

O governante adianta que Vladimir Putin não se encontrava no edifício, uma vez que estaria a trabalhar na sua residência nos arredores de Moscovo em Novo-Ogaryovo. Sabe-se, no entanto, que o apartamento do presidente no Kremlin é um dos locais onde Putin passa mais tempo e onde costuma pernoitar com regularidade. 

O Kremlin afirma ainda que não houve feridos a registar e insiste que o incidente fez parte de um "ataque terrorista planeado" por Kiev. 

Imagens a circular nas redes sociais mostram as colunas de fumo sobre o principal edifício do governo russo. Um dos vídeos mostra mesmo o momento em que um dos drones é destruído em pleno voo, nas imediações da Praça Vermelha, no coração da capital russa. 

"O lado russo reserva-se o direito de tomar medidas de retaliação onde e quando entender", refere Dmitry Peskov.

Moscovo garante que os planos para realizar o desfile do Dia da Vitória - data em que a Rússia celebra o fim da Segunda Guerra Mundial, no dia 9 de maio - mantêm-se. 

Segunda a agência russa TASS, foi imposta uma proibição do uso de drones na capital russa.

Kiev rejeitou as acusações de que tenha estado por detrás do alegado ataque contra o Kremlin. O conselheiro do presidente ucraniano Mykhailo Podolyak afirma que o ataque "foi previsível" e faz parte das preparações das forças armadas russas para levar a cabo "um ataque terrorista de larga escala".

"A Ucrânia trava uma guerra exclusivamente defensiva e não ataca alvos no território da Federação Russa", escreveu o político ucraniano nas redes sociais.

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