Estão “a entrar em pânico”. Lugansk já não é toda controlada pelos russos

20 set 2022, 09:08
Volodymyr Zelensky (AP)

Governador da região e o presidente ucraniano afirmam que os invasores estão a “entrar em pânico”

A Ucrânia conquistou esta segunda-feira a vila de Bilohorivka, na região de Lugansk. A simbólica conquista da pequena vila, que tinha menos de mil habitantes antes do início da guerra, significa que a Rússia já não controla a totalidade da região.

A informação foi confirmada pelo governador ucraniano de Lugansk, Serhiy Haidai, que afirmou que a vila estava “totalmente controlada” pelas forças de Kiev. "É um subúrbio de Lysychansk. Em breve expulsaremos esta escumalha de lá com uma vassoura. Passo a passo, centímetro a centímetro, libertaremos toda a nossa terra dos invasores", disse no Telegram.

Citado pelo The Guardian, Haidai afirmou também que os líderes da autoproclamada República Popular de Lugansk estão “a entrar em pânico”. De acordo com o governante, as comunicações móveis e o acesso à internet foram bloqueados para que as pessoas não fossem informadas dos recuos das forças russas na parte oriental da Ucrânia, que se têm intensificado nas últimas semanas.

O dia de ontem ficou também marcado pelo ataque russo à central nuclear de Pivdennoukrainsk, na região de Mykolaiv. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou o Kremlin de “comportamento irresponsável” após este bombardeamento. Os ataques danificaram edifícios na central, e as bombas terão caído a cerca de 300 metros dos reatores, segundo as autoridades ucranianas. No entanto, garantem que a segurança do local não está em risco.

À semelhança de Haidai, Zelensky afirmou que os invasores estão “a entrar em pânico”. “Nós avisámos que os soldados russos só têm duas opções: fugir da nossa pátria ou renderem-se. Os colaboradores têm as mesmas opções”, afirmou, na habitual declaração noturna.

Por outro lado, já esta terça-feira, as autoridades pró-russas de Lugansk acusaram a Ucrânia de ter matado sete pessoas, incluindo três crianças, num bombardeamento na aldeia de Krasnorichenske.

"Como resultado do bombardeamento de artilharia das forças armadas ucranianas da vila de Krasnorichenske, sete civis foram mortos, dos quais três eram crianças. O ataque destruiu dois prédios residenciais", afirmaram as autoridades separatistas no Telegram.

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