Ciberataque à NATO pode permitir ativação do artigo 5

28 fev 2022, 23:23
NATO: "Vamos continuar a apoiar a Ucrânia"

"As respostas a esse ataque podem ser sanções diplomáticas ou económicas, medidas cibernéticas ou eventualmente forças convencionais"

A notícia é avançada pela Reuters, que cita fonte da NATO: se a Aliança Atlântica for alvo de um ciberataque, então o artigo 5 - que define que um ataque a um é um ataque a todos - pode ser ativado. Parte da guerra entre a Rússia e a Ucrânia tem acontecido no ciberespaço e, segundo a Reuters, há "receios de que o caos no ciberespaço resultante da invasão russa da Ucrânia se possa alastrar a outros territórios". 

"Os aliados reconhecem que um impacto significativo de um ataque cibernético malicioso pode ser considerado, em certas circunstâncias, um ataque armado", diz a fonte da NATO citada pela Reuters. "Não vamos especular sobre o que pode ser um ataque cibernético muito sério que espoletasse uma reação coletiva. As respostas a esse ataque podem ser sanções diplomáticas ou económicas, medidas cibernéticas ou eventualmente forças convencionais, dependendo da natureza do ataque."

Se esse ataque será ou não suficiente para ativar o artigo 5, "isso seria uma decisão política que teria de ser tomada pelos aliados da Nato", refere a supracitada fonte.

O presidente da comissão de inteligência do senado dos EUA, Mark Warner, já disse que não há procedimentos definidos sobre como a NATO deverá reagir nestas situações. "É uma área cinzenta", afirmou. Mas deu um exemplo de uma situação limite: um ataque cibernético à Ucrânia pode ter impacto na vizinha Polónia (membro da NATO), fazendo com que, por exemplo, haja problemas elétricos que resultem na morte de pacientes nos hospitais ou que haja acidentes mortais que envolvam tropas americanas ali alocadas pela circunstância de os semáforos deixarem de funcionar.

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