CEO do Telegram, acusado de ser pró-russo, escreveu um artigo para provar que não o é

8 mar 2022, 00:03
Telegram

O Telegram tem sido fundamental para os ucranianos manterem uma linha de comunicação privada entre si desde que a invasão do território ucraniano começou no dia 24 de fevereiro

Pavel Durov, fundador e CEO da plataforma de mensagens instantâneas Telegram, recorreu à sua própria plataforma para explicar a sua posição e da sua empresa em relação à invasão russa da Ucrânia, sublinhando que vai defender a privacidade dos dados dos cidadãos ucranianos.

Numa publicação no seu canal de Telegram, Durov recordou que tem ligações familiares na Ucrânia do lado da mãe e que ainda tem “muitos familiares a viver na Ucrânia”. Recordou também como é que a sua carreira na Rússia acabou.

“Há nove anos, eu era CEO da VK, que era a maior rede social a operar na Rússia e a Ucrânia. Em 2013, a Agência de Segurança Russa, o FSB, exigiu que eu fornecesse os dados privados dos cidadãos ucranianos que utilizavam o VK e que estavam a protestar contra o presidente pró-russo”, pode ler-se.

Durov recusou cumprir as exigências das autoridades russas, mas o gesto saiu-lhe caro, diz. Perdeu o cargo de diretor-executivo da empresa tecnológica que tinha fundado e teve mesmo de abandonar o país. “Perdi a minha empresa e a minha casa, mas voltaria a fazê-lo – sem hesitar”, acrescentou.

“Muitos anos passaram desde então. Muitas coisas mudaram: eu já não vivo na Rússia e não tenho empresas ou empregados lá. Mas uma coisa mantém-se igual – eu defendo os nossos utilizadores à mesma. O direito à privacidade deles é sagrado. Agora mais do que nunca.”

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