Bielorrussos que estão contra a guerra destroem um dos mais caros aviões militares russos

CNN Portugal , JGR
27 fev 2023, 14:00
Beriev A-50 russo (Alexander Zemlianichenko/Associated Press)

O ataque foi planeado cuidadosamente durante meses, por um grupo chamado BYPOL, composto por cidadãos bielorrussos que se opõem à decisão do regime de Lukashenko em prestar auxílio à invasão russa

O ataque apanhou todos de surpresa: um grupo de guerrilheiros bielorrussos que está contra a guerra na Ucrânia levou a cabo um ataque contra um aeroporto militar nos arredores de Minsk, na Bielorrússia, e destruiu um dos mais caros aviões do arsenal militar russo.

O ataque foi planeado cuidadosamente durante meses, por um grupo chamado BYPOL, composto por cidadãos bielorrussos que se opõem à decisão do regime de Lukashenko em prestar auxílio à invasão russa.

O plano passava por enviar vários drones com explosivos para o aeródromo militar de Machulishchy, a 12 quilómetros da capital bielorrussa. Esta base é a casa de vários aviões Beriev A-50, utilizados para fazer reconhecimento e para detetar ameaças.

Pelo menos, dois drones foram capazes de se aproximar da localização e largar várias granadas sobre os aviões. Um dos aviões foi atingido na zona do cockpit e na região do radar, que se encontra no centro do avião. Segundo uma publicação do grupo na sua conta de Telegram, o avião atingido ficou completamente destruído.

“Um dos nove A-50 das forças russas no valor de 330 milhões de dólares [cerca de 310 milhões de euros] foi destruído. Definitivamente, não vão voar para lago algum”, escreveu o grupo, que acrescenta ainda que, após o ataque, os membros da organização envolvidos no ataque terão conseguido fugir do país.

Apesar de não ter sido oficialmente confirmado, várias fontes russas relatam explosões no território bielorrusso, numa região que coincide com o ataque reivindicado. Alguns bloggers militares russos falam ainda de danos num “avião de transporte militar” russo.

O Kremlin rejeitou comentar estes ataques. Questionado pelos repórteres, esta segunda-feira, Dmitri Peskov disse apenas que “não tem nada a dizer” sobre o tema.

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