Apple junta-se a outras grandes empresas e deixa de vender produtos na Rússia

2 mar 2022, 09:18

Em comunicado, a tecnológica norte-americana diz ainda que limitou o acesso ao sistema de pagamento 'Apple Pay' e bloqueou os downloads na 'App Store' da Russia Today (RT), média estatal russa, e da agência Sputnik

A grande tecnológica Apple juntou-se a várias empresas norte-americanas, como a Google, Ford, e Exxon Mobil, nas sanções económicas contra a Rússia, na sequência da invasão da Ucrânia.

Em comunicado, a empresa, que tem estado sob grande pressão dos investidores e consumidores que denunciam o conflito na Ucrânia, anunciou, esta terça-feira, que deixou de vender os seus produtos na Rússia e que estava a fazer alterações na aplicação 'Apple Maps' para proteger a segurança dos ucranianos.

"Estamos profundamente preocupados com a invasão russa da Ucrânia e estamos do lado de todas as pessoas que estão a sofrer como resultado desta violência", disse a Apple, em comunicado, citado pela Reuters.

Além disso, a tecnológica limitou o acesso ao sistema de pagamento 'Apple Pay' e bloqueou os downloads na 'App Store' da Russia Today (RT), média estatal russa, e da agência Sputnik.

Rússia cada vez mais isolada da economia mundial

Nos últimos dias, várias empresas norte-americanas, como a Google, a Ford, Harley-Davidson e Exxon Mobil, condenaram a invasão da Ucrânia e anunciaram sanções para repreender o Estado liderado por Putin.

A Alphabet, proprietária da Google, retirou média estatais russos, como a RT, da plataforma Google News e do Youtube e suspendeu todos os pagamentos a empresas que operam com Google Ads a partir da Rússia. A Ford, por sua vez, deixou de produzir para a Rússia e a Harley Davidson suspendeu todo o negócio e cancelou todas as encomendas de produtos e motas da Rússia.

Já a petrolífera norte-americana Exxon Mobil anunciou, também esta terça-feira, que vai sair do último grande projeto na Rússia e deixar de investir no país.

"Em resposta aos recentes acontecimentos, estamos a iniciar o processo de encerramento das operações e a tomar medidas para sair gradualmente" do projeto petrolífero Sakhalin-1, disse o grupo, em comunicado.

As sanções do ocidente atingiram fortemente a economia russa, traduzindo-se na desvalorização da moeda russa, o rublo, que caiu para mínimos históricos. A Rússia está, assim, cada vez mais isolada ao nível económico-financeiro, um objetivo traçado pela União Europeia, pelos EUA e Reino Unido.

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