“A Rússia quer ir mais longe”. O aviso de Zelensky para os países da NATO

24 mar 2022, 12:06

Presidente ucraniano pediu reforço de meios militares e afirmou que a Aliança “ainda não mostrou o que pode fazer para salvar pessoas”

Numa mensagem para a cimeira extraordinária da NATO, que se realiza esta quinta-feira, Volodymyr Zelensky afirmou que "a Rússia quer ir mais longe" e "atingir os membros da NATO do leste da Europa".

“A Rússia quer ir mais longe. Quer atingir os membros da NATO no leste da Europa. Os países do Báltico, a Polónia de certeza”, vaticinou.

Volodymyr Zelensky pediu à Aliança mais ajuda militar, designadamente caças, tanques e melhores defesas antiaéreas e antinavio.

“Não podemos simplesmente comprá-los. Esse fornecimento depende somente das decisões da NATO, decisões políticas”, garantiu. Contudo, ao contrário do que tem acontecido nas últimas semanas, um funcionário da administração norte-americana, citado pela Reuters, garante que o líder ucraniano não pediu à NATO que seja decretada uma zona de exclusão aérea sobre o país, nem pôs em cima da mesa uma potencial adesão à organização.

O presidente ucraniano disse ainda que a Aliança “ainda não mostrou o que pode fazer para salvar pessoas”.

"O mundo está à espera da ações e garantias de segurança reais da NATO", afirmou o chefe de Estado ucraniano, citado pela Reuters.

Zelensky acusou ainda a Rússia de utilizar bombas de fósforo durante a invasão, inclusive durante a manhã desta quinta-feira, sem que tenha fornecido qualquer prova. Este tipo de armamento é proibido por tratados internacionais, e não é a primeira vez que a Ucrânia acusa a Rússia de o utilizar nesta invasão.

O presidente ucraniano deixou também outro pedido aos estados-membros da NATO: “Depois desta guerra contra a Rússia, por favor nunca, mas nunca digam outra vez que o nosso exército não cumpre os padrões da NATO”.

Relacionados

Europa

Mais Europa

Patrocinados