"Uma ameaça para toda a Europa": Rússia já tem mísseis iranianos e "provavelmente" vai usá-los na Ucrânia em breve, dizem EUA

10 set, 13:53
Mísseis balísticos iranianos (AP)

Informações norte-americanas apontam que vários militares russos se deslocaram até ao Irão para aprenderem a funcionar com os novos sistemas

Foi uma suspeita durante semanas, talvez até meses, mas agora é, pelo menos para o Ocidente, uma certeza. A Rússia recebeu mesmo mísseis balísticos enviados pelo Irão, naquilo que os Estados Unidos veem como uma escalada da guerra, já que implica um outro envolvimento do regime dos aiatolas.

A confirmação foi dada pelo secretário de Estado norte-americano, em conferência de imprensa. Depois de tantas semanas em silêncio, Antony Blinken não só confirmou a transferência das armas, como deixou uma previsão: “Provavelmente vão ser utilizadas na Ucrânia nas próximas semanas”.

De resto, e num tom de aviso claro, Blinken afirmou que esta notícia representa “uma ameaça para toda a Europa”.

“A Rússia já recebeu os mísseis balísticos e é provável que os utilize na Ucrânia nas próximas semanas”, reiterou, aproveitando para anunciar uma série de sanções que aí vêm contra o Irão.

Sobre a vantagem que a Rússia obtém com a chegada destas novas armas, Blinken lembrou que Moscovo tem os seus próprios mísseis, muitos deles balísticos, mas também sublinhou que o envio iraniano “permite à Rússia utilizar mais o seu arsenal para alvos mais longínquos da linha da frente”.

Isto porque os mísseis enviados pelo Irão são de curto alcance. Assim, e considerando as palavras do secretário de Estado norte-americano, a Rússia pode utilizar as armas que já tinha em stock para outros alvos.

Blinken explicou ainda que, para poder utilizar estes mísseis, a Rússia enviou uma série de soldados para o Irão. “Dezenas de militares russos foram treinador no Irão para utilizarem de 5 a 350 sistemas de mísseis balísticos, que têm um alcance máximo de 120 quilómetros.

Recorde-se que o Irão tem negado sempre o envio destes mísseis, enquanto a Rússia tem optado por não confirmar nenhum dos cenários.

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