Ucranianos em Portugal quase que duplicaram em menos de um mês

Agência Lusa , MJC
31 mar 2022, 14:17
Crianças entre os refugiados da guerra na Ucrânia (AP Photo)

Segundo a última atualização feita pelo Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Portugal concedeu desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, 25.193 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residem naquele país

Os ucranianos residentes em Portugal quase que duplicaram em menos de um mês, depois do SEF ter concedido até hoje mais de 25 mil pedidos de proteção temporária a pessoas que fugiram da guerra da Ucrânia.

Segundo a última atualização feita pelo Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Portugal concedeu desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, 25.193 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residem naquele país.

O SEF precisa que entre os refugiados ucranianos que chegaram a Portugal e beneficiários da proteção temporária, 9.011 são menores, representando cerca de 35%.

Dados do Serviço indicam que antes da invasão da Rússia viviam em Portugal 27.200 ucranianos, o que totaliza atualmente mais de 52.000 cidadãos, tendo quase que duplicado no último mês.

Os ucranianos são atualmente a segunda maior comunidade residente no país, depois da brasileira, com 209.072.

O SEF tem uma plataforma 'online', em três línguas, para pedidos de proteção temporária por residentes ucranianos. A plataforma "possibilita a todos os cidadãos ucranianos e seus familiares (agregado familiar), bem como a qualquer cidadão estrangeiro a residir na Ucrânia, fazer 'online' um pedido de proteção temporária de um ano, prorrogável por dois períodos de seis meses".

No decorrer do processo para proteção temporária em Portugal, os cidadãos que a requeiram têm acesso aos números fiscal, de Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde, podendo beneficiar destes serviços e ingressar no mercado de trabalho.

A plataforma contém ainda informação relativa aos demais aspetos de acolhimento e integração de pessoas deslocadas.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, um ataque que foi condenado pela generalidade da comunidade internacional.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

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