Quatro aviões militares da Rússia estiveram à porta dos EUA

CNN , Mary Kay Mallonee
24 set, 18:14
Nesta imagem divulgada pelo Departamento de Defesa, caças americanos interceptam um avião militar russo que opera na Zona de Identificação da Defesa Aérea do Alasca, em 24 de julho (Department of Defense/AP/File via CNN Newsource)

O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) diz ter detetado quatro aviões militares russos a voar perto do Alasca na segunda-feira, menos de duas semanas depois de soldados do exército dos Estados Unidos (EUA) terem sido destacados para a área como parte de uma “operação de proteção de forças”, a meio de um aumento dos exercícios militares russos e chineses na região.

A aeronave russa permaneceu no espaço aéreo internacional na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) do Alasca e não entrou no espaço aéreo soberano americano ou canadiano, referiu a NORAD num comunicado. “Esta atividade russa na ADIZ do Alasca ocorre regularmente e não é vista como uma ameaça”, acrescentou o comunicado.

O NORAD interceptou aviões militares russos que voavam perto do Alasca várias vezes este mês.

O exército enviou elementos da 11ª Divisão Aerotransportada para a ilha de Shemya, no Alasca, em 12 de setembro, como uma demonstração de “força letal e pronta” em resposta aos exercícios militares russos na zona, disse o exército na altura. A divisão é conhecida como Arctic Angels e está normalmente estacionada na Base Conjunta Elmendorf-Richardson e em Fort Wainwright, no Alasca.

Embora o destacamento dos EUA não seja um sinal de uma escalada significativa das tensões, as relações com os dois principais adversários militares dos EUA continuam a ser tensas, em especial com a continuação da guerra na Ucrânia. Embora a administração Biden tenha trabalhado para retomar as comunicações de alto nível com a China, incluindo entre líderes militares, Pequim continua a ser o principal concorrente militar dos EUA.

Gerir as relações com ambas as nações será um desafio fundamental, independentemente de quem ganhar as eleições presidenciais em novembro.

O candidato republicano, o antigo presidente Donald Trump, deu sinais de que irá adotar uma abordagem diferente da administração Biden-Harris. No início deste mês, sugeriu que a China e a Rússia não são necessariamente adversárias.

“Não sei se são inimigos”, disse Trump, sugerindo que, se for eleito, ‘dar-nos-emos muito bem’ com ambos os países.

Natasha Bertrand, da CNN, contribuiu para esta reportagem

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