O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) diz ter detetado quatro aviões militares russos a voar perto do Alasca na segunda-feira, menos de duas semanas depois de soldados do exército dos Estados Unidos (EUA) terem sido destacados para a área como parte de uma “operação de proteção de forças”, a meio de um aumento dos exercícios militares russos e chineses na região.
A aeronave russa permaneceu no espaço aéreo internacional na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) do Alasca e não entrou no espaço aéreo soberano americano ou canadiano, referiu a NORAD num comunicado. “Esta atividade russa na ADIZ do Alasca ocorre regularmente e não é vista como uma ameaça”, acrescentou o comunicado.
O NORAD interceptou aviões militares russos que voavam perto do Alasca várias vezes este mês.
O exército enviou elementos da 11ª Divisão Aerotransportada para a ilha de Shemya, no Alasca, em 12 de setembro, como uma demonstração de “força letal e pronta” em resposta aos exercícios militares russos na zona, disse o exército na altura. A divisão é conhecida como Arctic Angels e está normalmente estacionada na Base Conjunta Elmendorf-Richardson e em Fort Wainwright, no Alasca.
Embora o destacamento dos EUA não seja um sinal de uma escalada significativa das tensões, as relações com os dois principais adversários militares dos EUA continuam a ser tensas, em especial com a continuação da guerra na Ucrânia. Embora a administração Biden tenha trabalhado para retomar as comunicações de alto nível com a China, incluindo entre líderes militares, Pequim continua a ser o principal concorrente militar dos EUA.
Gerir as relações com ambas as nações será um desafio fundamental, independentemente de quem ganhar as eleições presidenciais em novembro.
O candidato republicano, o antigo presidente Donald Trump, deu sinais de que irá adotar uma abordagem diferente da administração Biden-Harris. No início deste mês, sugeriu que a China e a Rússia não são necessariamente adversárias.
“Não sei se são inimigos”, disse Trump, sugerindo que, se for eleito, ‘dar-nos-emos muito bem’ com ambos os países.
Natasha Bertrand, da CNN, contribuiu para esta reportagem