Político russo junta-se à lista cada vez maior de mortes misteriosas ao cair de um terceiro andar

29 dez 2023, 17:43
Vladimir Egorov (CNN)

Pertencia ao mesmo partido de Vladimir Putin e dedicou os últimos anos a apoiar "os participantes da Operação Militar Especial e as famílias dos militares”.

Vladimir Egorov, um político do partido “Rússia Unida” de Vladimir Putin, foi encontrado morto na quinta-feira à porta do seu prédio, na cidade de Tobolsk, após ter caído do terceiro andar, de acordo com a imprensa local. O deputado regional junta-se a uma lista cada vez maior de russos proeminentes que morreram em circunstâncias misteriosas.

De acordo com o jornal Kommersant, os investigadores afirmam que não existem “sinais externos de uma morte criminosa”, mas acrescentam que está agendada uma autópsia ao corpo do político que há data da morte tinha 46 anos. Apesar de tudo, no obituário partilhado nas redes sociais pelo Parlamento Municipal de Tobolsk, a morte de Egorov é atribuída a “um acidente”.

Os políticos da cidade elogiaram a vida de Egorov, que dizem ter sido dedicada a dar “apoio abrangente aos participantes da Operação Militar Especial e às famílias dos militares” que lutam na Ucrânia e a ser “uma parte ativa na vida política e social da cidade”.

No entanto, a morte de Egorov chamou a atenção por se tratar de mais um óbito inexplicado na Rússia de Vladimir Putin. Nos últimos meses, uma lista de figuras de relevo da sociedade russa tem vindo a morrer em circunstâncias pouco habituais. Um desses casos foi o de Ravil Maganov, presidente da administração da Lukoil, a segunda maior petrolífera do país, e um crítico da guerra na Ucrânia. Maganov morreu depois de cair da janela de um hospital em Moscovo.

Outro caso notório foi o do político Pavel Antov, membro do partido de Putin, que acabou por morrer em dezembro do ano passado de forma idêntica, ao cair do terceiro andar de um hotel na Índia. Era um dos políticos mais ricos do país, segundo a Forbes. Meses antes da sua morte, uma mensagem antiguerra sua partilhada no WhatsApp foi tornada pública. Antov atribuiu a situação a “um erro técnico”.

Meses antes, Pyotr Kucherenko, vice-ministro da Ciência e da Educação Superior morreu depois de ficar doente durante uma viagem de negócios a Cuba. Um jornalista que entrevistou Kucherenko meses antes da sua morte revelou que o ministro admitiu sentir-se como um refém por parte do governo e disse temer pela sua própria vida.

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