Marcelo estava a ponderar um Conselho de Estado se fizesse "sentido tomada de posição adicional sobre a Ucrânia". Decidiu avançar

Hugo Matias , Com Lusa
7 mar 2022, 17:50
Marcelo Rebelo de Sousa (TIAGO PETINGA/LUSA)

Reunião está marcada e Ucrânia vai ser tema único

O Presidente da República convocou o Conselho de Estado para a próxima segunda-feira, pelas 15:00, no Palácio da Cidadela em Cascais, com um único ponto da ordem de trabalhos: a situação na Ucrânia.

Na quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa comunicou aos jornalistas que ponderava convocar o seu órgão político de consulta "em tempo oportuno", no caso de uma eventual "tomada de posição adicional" de Portugal em relação à ofensiva russa militar na Ucrânia.

"Eu pondero, em tempo oportuno, uma convocação do Conselho de Estado. Mas em tempo oportuno, num momento em que faça sentido, na sequência do Conselho de Estado, haver qualquer tomada de posição adicional, complementar, relativamente àquilo que tem sido feito e dito pelo senhor primeiro-ministro, pelo senhor ministro dos Negócios Estrangeiros, pelo senhor ministro da Defesa Nacional, e também pontualmente pelo Presidente da República", disse.

O chefe de Estado, que falava no final de uma visita a um pavilhão da Polícia Municipal de Lisboa preparado para receber temporariamente refugiados ucranianos, defendeu que neste momento os responsáveis políticos a nível global se devem conter nas suas declarações, em nome da procura da paz.

"A opinião pública, dentro desta ideia de abraçar a causa, quer mais, imediatamente. Há que pensar naquelas pessoas de carne e osso que estão nesse panorama de guerra, naquilo que se vai vivendo, e como isso exige uma prudência, uma sensatez, uma contenção da parte dos responsáveis", considerou.

A Federação Russa lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), esta guerra já provocou mais de 1,5 milhões de refugiados. De acordo com as autoridades ucranianas, os ataques russos fizeram mais de 2.000 mortos civis.

 

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