Apoio da NATO “faz a diferença” na Ucrânia. Aliança admite que conflito pode durar "meses e até anos" e discute novo “conceito estratégico”

6 abr 2022, 16:48
Jens Stoltenberg (Johanna Geron, Pool Photo via AP)

Jens Stoltenberg considerou ainda que a guerra na Ucrânia "poderá durar muitos meses e até anos" e que a organização não viu "qualquer sinal de que a Rússia tenha revisto" os planos da invasão

À entrada para a reunião da NATO desta quarta-feira, o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, afirmou aos jornalistas que a Aliança tem ajudado a Ucrânia nos últimos meses, e que esse apoio “tem feito a diferença no terreno” durante o conflito.

“Desde a invasão, os aliados aumentaram o seu apoio. Espero que, quando nos encontrarmos hoje e amanhã, os ministros discutam como podemos ajudar ainda mais a Ucrânia. Os aliados estão a fornecer armas antitanque, antiaéreas e sistemas de defesa aérea, mas também vários tipos de sistemas avançados de armamento”, disse Stoltenberg, que vincou que a totalidade do apoio é “significativa”.

O secretário-geral considerou também que a Rússia não alterou os planos da invasão.

"Não vemos qualquer sinal de que a Rússia tenha revisto os seus planos para estabelecer o controlo sobre o território ucraniano, portanto os aliados devem preparar-se para uma longa confrontação", disse.

O norueguês, que alertou que a guerra poderá durar "muitos meses e até anos", considerou que a guerra na Ucrânia "terá consequências a longo prazo".

"Acredito que, seja quando for que a guerra acabe, terá implicações a longo prazo para a nossa segurança, pois vimos a brutalidade. Temos visto a disponibilidade do presidente Vladimir Putin em usar força militar para atingir os seus objetivos", disse o secretário-geral da Aliança.

Stoltenberg abordou também um dos tópicos da reunião da Aliança de quarta-feira, o da definição de um novo “conceito estratégico”.

“O conceito estratégico será o mapa para a NATO sobre como abordar um mundo mais perigoso e como ter a certeza que continuamos a proteger e defender todos os aliados”, começou por referir Stoltenberg, citado pelo The Guardian.

“Neste conceito, precisamos de abordar as consequências securitárias das agressivas ações russas, o equilíbrio de poder mundial em mudança, as consequências securitárias de uma China muito mais forte, e os desafios que Rússia e China estão a impor juntos a uma ordem internacional de valores democráticos baseada em regras. Definiremos a estratégia sobre como líder com terrorismo ciber e híbrido, bem como as consequências das alterações climáticas para a segurança”, acrescentou.

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