Voluntários para a Ucrânia: “Se não tiverem experiência de combate, agradecemos a disponibilidade, mas voltem para casa”

21 mar 2022, 19:01
Um blindado danificado às portas de Posad-Pokrovske (CNN)

EXCLUSIVO. A CNN Portugal falou com o porta-voz da Legião Internacional criada por Zelensky, que confirma a presença de vários portugueses mas avisa que só podem aceitar quem já esteve em missões de guerra

Há vários portugueses a lutar junto dos ucranianos contra os russos, mas apenas os que têm experiência de combate estão a ser aceites pelas autoridades ucranianas para integrar a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia.

A informação é avançada à CNN Portugal pelo porta-voz da unidade de combate criada por Volodymyr Zelensky.  “Neste momento, só aceitamos quem tem experiência de combate”, garantiu à CNN Portugal Damien Magrou, porta-voz da Legião Internacional.

Segundo o responsável, essa experiência implica que sejam “militares que tenham estado em ações como as do Afeganistão, Mali, Síria e Iraque”. Mesmo os voluntários que pertençam à carreira militar, mas nunca tenham combatido, são excluídos. “Só não tiverem experiência de combate, agradecemos a disponibilidade, mas voltem para casa”, apela Damien Magrou.

Foi o que fez, aliás, um dos militares portugueses que estava na base de quando esta foi bombardeada e que explicou em exclusivo à CNN Portugal que decidiu abandonar por não lhe terem dado armas “Era carne para canhão”, disse à CNN Portugal, este mecânico que nunca teve experiência militar, mas acabou por entrar na legião por ter sido dos primeiros a dar-se como voluntário.  

O porta-voz da legião confirma que, neste momento, há vários cidadãos de Portugal a combater, mas esclarece que não pode adiantar o número por uma questão de segurança. “Confirmo que há portugueses”, afirma Damien Magrou, explicando que qualquer dado mais concreto poderia significar dar informações ao inimigo.

Segundo a CNN Portugal apurou, a quantidade de voluntários nacionais será superior aos "sete combatentes entre aspas" que o Ministério dos Negócios Estrangeiros português disse ter conhecimento de estarem a combater na Ucrânia.

Os portugueses que se juntaram à legião encontram-se uns em missões especiais e outros, que entraram mais recentemente, estão a receber formação.

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