Desta vez não é só o Irão, nem será só o Hezbollah. Ataque a solo israelita pode vir de várias formas e de muitos lados
De forma mais ou menos clara, com mais ou menos evidências, já se percebeu que Israel vai ser alvo de um grande ataque nos próximos dias. A grande questão não é se, mas quando, havendo dúvidas em relação a isso.
Por um lado, os Estados Unidos indicaram, através do Pentágono, que a retaliação do Irão podia surgir já este fim de semana. Só que novas informações apontam que o ataque pode acontecer antes no outro fim de semana, entre 12 e 13 de agosto, quando se comemora o Tishá BeAv, um feriado judaico que marca a destruição do Templo de Salomão.
Acontecendo mais cedo ou mais tarde, os Estados Unidos decidiram mesmo mostrar o apoio a Israel, e com meios militares concretos.
O Pentágono confirmou o destacamento de mais caças e de vários navios da Marinha norte-americana para o Médio Oriente, fortalecendo os laços com Israel e mostrando a Telavive que está pronto para proteger o país em caso de ataque, até porque essa mesma ofensiva pode vir de mais sítios do que apenas o Irão – pensa-se que Hamas e Hezbollah, ou até outras milícias, se podem juntar nesta operação. Só neste prisma falamos de ataques vindos, pelo menos, do norte, este e sul de Israel.
Preparados para isso, e acreditando na promessa de vingança do Irão, depois de um ataque que oficialmente ninguém reivindicou ter matado o líder do Hamas em solo iraniano, o secretário de Defesa aprovou o envio de navios cruzadores e contratorpedeiros para a zona do Médio Oriente, esperando-se que fiquem estacionados no Mar Mediterrâneo em estado de prontidão.
É um sinal sério de Washington DC, até porque falamos de navios com capacidade de transportar antiaéreas capazes de derrubar mísseis balísticos, o que poderá ser crucial na ajuda ao Iron Dome e aos outros sistemas defensivos de Israel.
“Austin ordenou ajustamentos ao posicionamento militar dos Estados Unidos desenhados para aumentar a proteção das forças norte-americanas, aumentar o apoio à defesa de Israel e assegurar que os Estados Unidos estão prontos para responder a várias contingências”, referiu o Pentágono.
É um cenário em tudo parecido ao que aconteceu antes de 13 de abril, dia em que o Irão lançou dezenas de drones e mísseis, dias depois de Israel ter lançado um ataque cirúrgico em solo iraniano.
A ameaça é, desta vez, maior, uma vez que também o Hezbollah, sediado no Líbano, prometeu vingança, o que pode colocar desafios bem diferentes aos esforços defensivos israelitas, acabando por justificar a maior presença norte-americana.
Voltando a 13 de abril, Israel conseguiu abater com sucesso quase todos os 300 drones e mísseis, mas contando já na altura com uma grande ajuda dos Estados Unidos. É essa mesma ajuda que agora volta a ser garantida com este destacamento.