Menor de 16 anos ficou debaixo do corpo da mãe. O pai do rapaz também foi morto
Ilan Troen contou à CNN, nesta segunda-feira, que estava ao telefone com a sua filha, Deborah Matias, no momento em que esta foi morta ao proteger o seu neto de 16 anos dos tiros do Hamas, este fim de semana.
"Estávamos ao telefone com Deborah quando ela foi morta", disse Troen, professor emérito da Universidade de Brandeis. O genro de Troen, Schlomi Matias, também foi morto, disse enquanto falava à CNN de Be'er Sheva, Israel.
"Estivemos todo o dia ao telefone com o nosso neto, Rotem, que se deitou primeiro debaixo do corpo dela e depois encontrou um lugar para fugir debaixo de um cobertor numa lavandaria", acrescentou, indicando que o neto ficou ferido mas vai sobreviver.
"Disseram-lhe para não falar e, por conseguinte, para se esconder e utilizar as mensagens de texto", contou Troen. "Quando foi resgatado, tinha 4% da bateria".
"A violência do disparo foi suportada pela sua mãe", lamentou Troen, recordando a sua falecida filha como "cheia de luz e vida".
"Ela, em vez de se tornar cientista ou médica, disse-me um dia: 'Pai, tenho de fazer música, porque está na minha alma'", recordou Troen.
Deborah Matias frequentou o Berkeley College of Music em Boston, nos Estados Unidos, bem como a Rimon School of Music em Telavive, onde conheceu o marido.
Não é claro se os membros da família de Troen tinham cidadania americana.