O Presidente ucraniano, que estará no encontro do G7, apelou aos líderes que consigo vão reunir: “É errado que os poderosos deste mundo fechem os olhos ao que se está a passar”
Pelo menos 15 mortos e perto de uma centena de feridos. É este, para já, o balanço de mais uma noite de terror em Kiev, depois de novos bombardeamentos russos terem atingido a capital da Ucrânia. Volodymyr Zelensky, que falava horas antes de se juntar aos líderes do G7 no Canadá, não tem dúvidas: “Ataques como este são puro terrorismo”.
A violência voltou, pois, a cair sobre a cidade nas primeiras horas desta terça-feira, e desta vez com um peso que nem o próprio presidente ucraniano hesitou em qualificar como “um dos mais horríveis ataques” à capital desde o início da invasão.
No seu habitual tom direto, Zelensky apontou o dedo a Vladimir Putin: “Ele faz isto porque pode. Porque ainda se pode dar ao luxo de continuar a guerra.” E não ficou por aí. Numa mensagem publicada nas redes sociais, voltou a apelar à comunidade internacional, sobretudo aos Estados Unidos e à Europa, para que respondam “como uma sociedade civilizada responde aos terroristas”.
“É errado que os poderosos deste mundo fechem os olhos ao que se está a passar. Estamos em contacto com todos os nossos parceiros, a todos os níveis, para garantir uma resposta à altura. Quem tem de sentir a dor são os terroristas, não as pessoas inocentes e pacíficas”, insistiu o chefe de Estado ucraniano.
A presença de Zelensky no G7 é vista como mais uma tentativa de manter viva a atenção internacional sobre a guerra. Mas nem todos os rostos estarão presentes quando o líder ucraniano chegar: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abandonou antecipadamente a cimeira para tratar de “outros assuntos”. O gesto, ainda que oficialmente justificado, não passou despercebido num momento em que se volta a pedir firmeza à liderança norte-americana.
