Gripe aviária com “melhoria gradual” - mas é improvável que vírus não esteja a circular

Agência Lusa
18 mai 2022, 20:53
Gripe das Aves [Reuters]

Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) apela à a manutenção das medidas de higiene e segurança nas instalações onde se encontram as aves, bem como a comunicação de quaisquer sintomas de infeção

A gripe das aves registou, a partir do final de abril, uma “melhoria gradual”, verificando-se uma “diminuição acentuada” dos focos na União Europeia, embora seja “improvável” que a circulação do vírus tenha cessado, adiantou a DGAV.

“A partir do final do mês de abril de 2022 verificou-se uma melhoria gradual da situação epidemiológica da GAAP [Gripe Aviária de Alta Patogenicidade], nomeadamente uma diminuição acentuada do número de focos de doença notificados no território da União Europeia”, lê-se num edital da DGAV.

Perante esta evolução, a DGAV sublinhou que “importa rever” o confinamento imposto às aves domésticas em instalações localizadas nas zonas de alto risco.

Apesar da melhoria da situação, a DGAV ressalvou ser “improvável” que a circulação do vírus tenha “cessado por completo”, podendo manter-se em menor grau entre as aves selvagens estivais e residentes.

Considerando que o risco de contacto entre as aves domésticas e selvagens é o “mais importante” para a ocorrência da doença, a implementação e o cumprimento das medidas de biossegurança mantém-se, como a higienização das instalações, equipamentos e materiais, assim como o controlo dos acessos aos estabelecimentos onde estão as aves.

A DGAV reiterou também que qualquer suspeita de infeção, como aumentos de mortalidade, aparecimento de sintomas compatíveis, diminuição dos consumos de água e comida e alterações dos parâmetros produtivos, onde se inclui a diminuição da postura de ovos, deverá ser comunicada.

Até ao momento não foi registado nenhum caso de infeção em humanos

Em Portugal, o primeiro foco de gripe aviária foi detetado a 30 de novembro de 2021 numa capoeira doméstica, em Palmela, distrito de Setúbal.

Desde essa altura foram contabilizados 20 focos em aves domésticas, incluindo explorações comerciais de perus, galinhas e patos, uma coleção privada de aves e capoeiras domésticas, a que se somaram seis focos em aves selvagens.

Os focos em causa atingiram os distritos de Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Beja, Évora, Faro e Porto.

O último foco foi confirmado no dia 15 de março, numa capoeira doméstica no concelho de Castro Marim, distrito de Faro.

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