"Está nas mãos do Governo". Técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica marcam greve para 7 de junho

Agência Lusa , JGR
21 mai, 13:30
Doença (DR: Pexels/Anna Shvets)

Para o mesmo dia, está agendada uma concentração de protesto em frente ao Ministério da Saúde

Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica marcaram uma greve nacional para 7 de junho em protesto contra “a total e absoluta ausência de resposta” da tutela aos pedidos de reunião com os sindicatos do setor.

Para o mesmo dia, está agendada uma concentração de protesto em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, anuncia em comunicado o Sindicato Nacional de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), adiantando que estão também previstas, “nas próximas semanas, ações por instituição com as especificidades próprias”.

“Os profissionais exigem o agendamento de reunião com a Ministra da Saúde, tendo em vista o estabelecimento de um protocolo negocial que calendarize o tratamento das matérias reivindicadas à semelhança do que tem sido efetuado com os demais profissionais de saúde”, salienta o STSS.

Para o presidente do sindicato, Luís Dupont, “a atitude do Governo, que continua sem dar respostas e sem agendar uma reunião com os Sindicatos representativos” destes trabalhadores, “ao contrário do que já aconteceu com os sindicatos de outras carreiras de técnicos superiores na área da Saúde, demonstra uma grave falta de respeito por estes profissionais”.

Luís Dupont diz ser inadmissível “a total e absoluta ausência de resposta aos pedidos de reunião”, que o sindicato apresentou à ministra da Saúde, “para tratamento e resolução das situações derivadas da errada interpretação e incorreta ou não aplicação das regras respeitantes às condições de transição de carreira e de reposicionamento remuneratório” para os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica com vínculo de emprego público e privado.

“A manutenção de contabilização errada dos pontos de avaliação de desempenho, com os consequentes prejuízos nas condições de progressão remuneratória, e a urgente necessidade de regulamentação das matérias que subsistem do anterior estatuto de carreira” são outras situações apontadas pelo líder sindical.

“Está nas mãos do Governo travar esta greve e outras ações de luta. Os trabalhadores exigem respostas por parte da tutela e que a mesma demonstre interesse em dialogar com todos os profissionais de saúde e não apenas com alguns, ignorando um dos maiores grupos do SNS”, insiste Luís Dupont.

Entre as principais matérias por resolver, o sindicato destaca o reconhecimento do ponto e meio a atribuir por efeito da avaliação de desempenho por cada ano de trabalho, independentemente de ser tempo avaliado ou não e sobretudo do vínculo laboral em causa, a comunicação, por parte das instituições, dos pontos atribuídos em virtude da aplicação do sistema de avaliação do desempenho e a resolução de todas as injustiças que resultam do processo de revisão e descongelamento das carreiras nos dois regimes contratuais.

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