Central explicou a sua saída do clube grego
Miguel Vítor vai jogar com no Hapoel Beer Sheva, campeão israelita, depois da não renovação com o PAOK e este domingo explicou o que se passou para não continuar na Grécia, culpando o presidente Lubos Michel.
«Na altura não quis falar de cabeça quente, mas penso que este é o momento certo para contar toda a verdade e poder seguir em frente no meu novo clube. Desde o início que era minha intenção continuar. (...) Infelizmente, muitas vezes, o futebol é um mundo sujo, onde existem interesses mais importantes do que o jogador ou do contributo que ele deu à equipa», começou por escrever o defesa nas suas redes sociais.
Em seguida explicou que o presidente do clube helénico lhe prometeu a renovação por várias vezes, mas que esta tardou a acontecer: «Desde que o senhor Lubos Michel entrou no clube, percebi que ele não queria que eu ficasse. Deixou arrastar o processo da minha renovação, dizendo sempre que teria uma proposta na semana seguinte e que o processo ficaria resolvido em breve. Sempre com a mesma conversa.»
A proposta acabou por surgir, mas os números eram os mais baixos que já tinha recebido. Aceitou na mesma pelo amor ao clube, só que foi surpreendido na manhã seguinte: «Qual é o meu espanto quando, na manhã seguinte, acordo com o telemóvel entupido de chamadas e mensagens vindas da Grécia a perguntarem se estava a par das declarações do presidente. Não queria acreditar em tamanha falta de caráter e desonestidade. Num dia, a renovação estava certa, no outro já não interessava. Ando no futebol há anos suficientes para saber destes truques de bastidores, mas confesso que nunca na minha carreira vi nada assim.»
Lubos Michel tinha dito que não contava com o jogador e Miguel Vítor só queria honestidade: «Se esse senhor não queria que eu ficasse, bastava dizer-me e cada um seguia a sua vida. Sem dramas.»
Terminou a agradecer o apoio de todos, adeptos, dirigentes, colegas, esclarecendo que a sua mágoa é apenas com Lubos Michel.
