Hospital Amadora-Sintra diz que grávida que morreu era acompanhada desde julho. Ministra não sabia

CNN Portugal , BCE
2 nov, 23:04
Ana Paula Martins (António Cotrim/Lusa)


 

Hospital diz que só foi possível apurar esta informação este domingo, pelo que só hoje a ministra foi informada do historial da grávida

A grávida que morreu na madrugada de sexta-feira no hospital Amadora-Sintra, em Lisboa, estava a ser acompanhada desde julho de 2025. A ministra da Saúde, que tinha sugerido que a grávida não estava a ser acompanhada, só soube este domingo desta informação.

Em comunicado, o Conselho de Administração Unidade Local de Saúde Amadora/Sintra adianta que a grávida estava a ser acompanhada "nos cuidados de saúde primários do ULSASI [Amadora-Sintra] desde julho de 2025, na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Agualva, onde realizou duas consultas de vigilância da gravidez, em 14 de julho e 14 de agosto". 

"Só hoje essa informação foi prestada à senhora ministra da Saúde", sublinha o Conselho de Administração, acrescentando que "só hoje foi possível verificar" esta informação, "devido à inexistência de um sistema de informação clínica plenamente integrado" entre os cuidados de saúde primários e hospitalares.

O Conselho de Administração sublinha que a informação prestada por Ana Paula Martins na audição parlamentar de sexta-feira - quando afirmou que a grávida em questão "não era acompanhada até que deu entrada no Amadora-Sintra já com 38 semanas" - "teve por base informação e o comunicado emitido pela ULSASI, que se referia ao episódio em concreto que antecedeu o desfecho fatal, que teve lugar no dia 31 de outubro, no Hospital Fernando Fonseca".

A grávida realizou consultas de obstetrícia no Hospital Amadora-Sintra "nos dias 17 de setembro e 29 de outubro", indica o Conselho de Administração, que reitera o seu "profundo pesar pelo falecimento da utente e da bebé".

"A ULS Amadora-Sintra mantém total colaboração com a tutela e com todas as entidades competentes no apuramento e análise deste caso", acrescenta-se no comunicado.

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