50 mil casos diários na segunda semana de janeiro, diz Graça Freitas. Decisão sobre período de isolamento é conhecida quinta-feira

29 dez 2021, 21:26
Graça Freitas

A diretora-geral da Saúde avançou, de igual modo, que Portugal poderá atingir os “50 mil casos diários” na segunda semana de janeiro

Graça Freitas anunciou esta quarta-feira, em entrevista à RTP3, que a decisão sobre a redução do período de isolamento será “provavelmente comunicada” na manhã de quinta-feira.

“A decisão será conhecida nas próximas horas. Portugal está a fazer o mesmo que outros países da Europa, a equacionar a redução do período de isolamento com segurança. Está em fase final de avaliação. Não lhe posso dizer se [redução] será para cinco ou sete dias”, revelou.

A diretora-geral da Saúde avançou, de igual modo, que Portugal poderá atingir os “50 mil casos diários” na segunda semana de janeiro.

Graça Freitas adiantou, também, que a vacinação “não vai interferir nesta decisão” e que a redução do período de isolamento se destina a pessoas que testaram positivo à covid-19, mas que não têm sintomas.

Na base da decisão, diz a diretora-geral da Saúde, está o “pressuposto” de que o período mais forte de contágio ocorre entre dois dias antes e três dias depois das pessoas ter sintomas da doença.

“Não há muita evidência científica, não há muitos artigos científicos ainda, mas há já algum conhecimento deste último mês”.

A diretora-geral da Saúde ressalvou, ainda, que se deve ter prudência quando se sugere, como alguns especialistas o fizeram, mudar a estratégia de combate à pandemia para proceder à imunização natural.

"Já vamos na quinta vaga e cada uma teve associada a ela uma variante diferente. Nada nos garante que a Ómicron será a última variante que vamos ter, nem quer dizer que as variantes vão perder sempre a intensidade. Não há nenhum caminho linear que nos faça prever qual será o futuro deste vírus”.

Não rejeitando que se trate a covid-19 como uma “doença sazonal”, Graça Freitas pede “que se retirem conclusões tão rapidamente”.

“Se calhar, até se atingir um equilíbrio entre o vírus e os seus hospedeiros, pode ser ainda necessário passar por outras variantes diferentes destas".

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