Covid-19: Portugal "entre" os dois cenários mais graves para o outono-inverno, assume DGS

Agência Lusa , CM
9 dez 2021, 15:39
Centro de vacinação na FIL em Lisboa

Em outubro, a estratégia da Direção-Geral da Saúde traçava três cenários, um dos quais com o surgimento de uma nova variante

Portugal está entre os dois cenários mais graves da evolução da covid-19 definidos pela estratégia da autoridade de saúde para o outono-inverno, face ao surgimento de uma nova variante, assumiu esta quinta-feira a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

A estratégia da DGS para responder à doença, divulgada em outubro, assenta em três cenários de evolução da pandemia e tem o objetivo principal de minimizar os casos de doença grave e de mortalidade.

No cenário 2, a incidência do SARS-CoV-2 é elevada, resultando numa ocupação moderada a elevada das unidades de cuidados intensivos e uma pressão ligeira a moderada no sistema de saúde.

Já no cenário considerado mais preocupante, o 3, a estratégia previa o surgimento de uma nova variante, provocando uma redução rápida da eficácia da vacina e um aumento da transmissibilidade do vírus e da gravidade da doença. Neste caso, a incidência do SARS-CoV-2 será muito elevada, assim como a ocupação das unidades de cuidados intensivos dos hospitais portugueses.

“Eu diria que estamos entre o 2 e o 3 porque, de facto, há uma nova variante em circulação, mas até à data não demonstrou um potencial de ser mais grave do que as outras. Já apareceu em muitos pontos do mundo, incluindo Portugal, tem havido muitos casos na África do Sul, mas não têm estado associados a maior gravidade”, disse Graça Freitas.

A variante é de preocupação, adiantou, mas ainda não demonstrou “que é mais agressiva, mais virulenta” do que as variantes já conhecidas.

A estratégia visa “garantir uma resposta eficiente e coordenada, ajustada à situação epidemiológica da infeção por SARS-CoV-2 e aos desafios adicionais do período outono/inverno, reduzindo o impacto na morbimortalidade na população em geral e nos grupos de risco”, segundo o referencial divulgado em 22 de outubro pela Direção-Geral da Saúde.

As linhas orientadoras dirigidas às entidades do Ministério da Saúde surgiram da necessidade de planear uma “resposta eficiente e equitativa às necessidades de saúde” da população durante este período do ano, em particular no que diz respeito à covid-19.

Como objetivos secundários, o referencial pretende antecipar a atividade epidémica, assegurar da vacinação contra a covid-19 e a gripe sazonal, controlar a transmissão da infeção com foco nas populações vulneráveis e nos serviços de saúde, assegurar a sustentabilidade e qualidade da resposta dos serviços de saúde às pessoas com covid-19 e com outras patologias, entre outros.

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