Mais de metade das pensões este ano atribuídas de forma automática, garante o governo

Agência Lusa , DCT
11 nov 2022, 14:20
Ana Mendes Godinho (Lusa/Tiago Petinga)

Ana Mendes Godinho referiu, além da "Pensão na Hora", medida lançada em 2021, que em outubro deste ano ficou disponível uma medida que permite pedir a pensão social 'online', dirigida a pessoas em situação de maior vulnerabilidade

Mais de metade das cerca de 52 mil novas pensões em 2022 foram atribuídas de forma automática, através da medida "Pensão na Hora", segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Os dados foram avançados à Lusa por fonte oficial do ministério, após a ministra Ana Mendes Godinho ter revelado no parlamento que "neste momento já 50% das pensões em Portugal são automaticamente atribuídas" através da medida "Pensão na Hora", o que significa que "são atribuídas em 24 horas".

Isto significa que "das novas pensões de velhice, 28.494 foram automáticas", indicou depois a fonte do gabinete da ministra, acrescentando que o total de pensões atribuídas em 2022 "ronda os 52 mil".

O acesso às pensões "era uma matéria com muita dificuldade de implementação e de execução", afirmou a ministra durante uma audição na comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

"O nosso grande desafio é incentivar que as pessoas peçam a pensão 'online'", sublinhou a ministra, acrescentando que, "no mês de outubro, 74% dos pedidos que foram feitos 'online' já tiveram atribuição na hora".

Ana Mendes Godinho referiu, além da "Pensão na Hora", medida lançada em 2021, que em outubro deste ano ficou disponível uma medida que permite pedir a pensão social 'online', dirigida a pessoas em situação de maior vulnerabilidade.

Quanto à atualização das pensões e em resposta aos deputados de vários partidos, a ministra reafirmou que, caso a inflação seja superior ao esperado, o Governo fará ajustes nos aumentos que estão previstos para 2023.

"Se for necessário haver algum ajuste relativamente à percentagem de atualização das pensões em 2023, para garantir que, da soma do complemento pago em outubro e da atualização em 2023 resulta exatamente aquilo que está previsto em termos de atualização das pensões, faremos o ajuste do valor", disse a ministra.

"Naturalmente, só podemos fazer isso quando for conhecido o valor final da inflação (...) e portanto faremos o ajuste mal exista a informação definitiva sobre o valor da inflação que deve ser ponderado", acrescentou.

Segundo a ministra, o investimento em pensões em 2023 "vai ultrapassar pela primeira vez os 20 mil milhões de euros".

Os aumentos das pensões previstos para 2023 situam-se entre os 4,43% e os 3,53%, dependendo do valor da pensão.

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