Inquérito ao NRP Mondego conclui que "não havia razões suficientes" para recusar a missão, anuncia Marcelo

17 mar 2023, 19:43
Marcelo Rebelo de Sousa (Lusa/Manuel de Almeida)

O Presidente da República reiterou ainda a sua "confiança" no chefe do Estado-Maior da Armada

O inquérito ao caso do navio NRP Mondego concluiu que "não havia razões suficientes que determinassem a não execução da linha definida" pelo comando, revelou esta sexta-feira o Presidente da República.

"O inquérito está concluído e permitiu apurar que de facto não havia razões suficientes que determinassem a não execução da linha definida, que é a linha do comando pelo responsável máximo do navio", adiantou Marcelo aos jornalistas, à margem da sessão de encerramento do XXII Congresso dos Juízes Portugueses.

Questionado sobre como avalia a "chamada de atenção" de Gouveia e Melo aos militares, Marcelo reiterou a "confiança" no chefe do Estado-Maior da Armada.

"Acontece que o Presidente da República e o comandante superior das Forças Armadas é quem nomeia as chefias militares e, portanto, um chefe militar que está em funções tem a confiança do Presidente da República, além de ter a do Governo que propõe essa nomeação", declarou.

Esta quinta-feira, o almirante Gouveia e Melo reconheceu as dificuldades dos militares da Marinha em época de embarque, mas sublinhou que "nunca poderá ser colocado em causa o comando" e que os valores da disciplina são "essenciais".

"Isso falhou no sábado", lamentou.

O almirante referiu ainda estar profundamente triste e acrescentou que encaminhou o caso dos militares que se recusaram a participar na missão para a Polícia Judiciária Militar, por ser uma situação que "jamais poderá ser ignorada e esquecida".

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