Matou amigo com faca de cozinha num alojamento local no Porto. Depois comprou uma viagem para "garantir a fuga imediata"

Agência Lusa , AM
22 out, 12:39
Porto (imagem Getty)

Suspeito tentou ainda desfazer-se do corpo junto da Foz do Sousa, em Gondomar

O Ministério Público (MP) acusou um homem de ter esfaqueado mortalmente um amigo num alojamento local no Porto e tentado desfazer-se do corpo junto da Foz do Sousa, em Gondomar, adiantou esta terça-feira a Procuradoria-Geral Regional do Porto.

Numa informação publicada na sua página oficial de Internet, a procuradoria referiu que a 16 de abril o arguido e o amigo viajaram juntos para o Porto e ficaram hospedados num alojamento local na zona do Bonfim.

Segundo a acusação, o suspeito, por razões não apuradas, terá decidido matar o amigo e desfazer-se do corpo tendo, para esse efeito, realizado pesquisas na internet.

E, acrescentou, “para garantir a fuga imediata”, comprou uma viagem para a Holanda para 20 de abril.

No dia anterior, e para concretizar o plano que havia traçado, o arguido terá esfaqueado com uma faca de cozinha a vítima com múltiplos golpes na região da cabeça, tronco, braços e, em particular, no pescoço, sustentou a acusação.

Além disso, o suspeito terá ainda mordido a vítima mortal no tórax, braço direito e arrancou-lhe ainda o polegar, especificou.

De acordo com a procuradoria, nessa mesma noite, o arguido comprou um saco de viagem de grandes dimensões para transportar o corpo, desfez-se dos pertences da vítima, limpou o apartamento, desligou as câmaras de videovigilância e, já de madrugada, solicitou o serviço de um TDVE para o levar até junto da Foz do Sousa, concelho de Gondomar, no distrito do Porto.

Posteriormente, o alegado homicida ofereceu uma recompensa ao motorista para se desfazer do corpo, mas este recusou e ao invés de o levar ao local pretendido transportou-o para a esquadra da PSP da Corujeira, onde acabou detido.

O suspeito, acusado pelos crimes de homicídio qualificado, detenção de arma proibida e profanação de cadáver, está a aguardar julgamento em prisão preventiva – medida de coação mais gravosa.

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