Há um grande momento a favor de Kamala Harris? "Parcialmente sim, parcialmente não", diz Paulo Portas

28 jul 2024, 23:18

No seu habitual espaço de comentário do Jornal Nacional da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal), Paulo Portas analisa os pontos mais fortes da candidatura de Kamala Harris às eleições norte-americanas, em comparação ao seu adversário Donald Trump

"O que é certo é que Kamala Harris deu energia às bases do Partido Democrata e também aos financiadores", observa Paulo Portas. "Ela arrecadou mais de 200 milhões de dólares no espaço de uma semana". 

No seu espaço semanal de comentário no Jornal Nacional da TVI, Global, Portas analisa a substituição de Joe Biden na sequência da desistência da corrida às eleições presidenciais dos Estados Unidos e o papel da atual sucessora.

Na ótica do comentador, Donald Trump perdeu vantagem, apesar de ainda estar à frente nas sondagens divulgadas este sábado pela CNN Portugal, "que já inclui todas as que foram feitas depois de Joe Biden renunciar". Há uma semana Kamala Harris estava três pontos atrás, ao passo que agora está cerca de um ponto e meio do adversário republicano. 

E há, em parte, um "momentum" para a nova candidata democrata que passa pela "capacidade de mobilização do eleitorado mais jovem que era muito reticente em relação a Joe Biden e que, naturalmente, passará a ter a mesma reticência do ponto de vista de idade em relação a Donald Trump", explica.

Outros dois pontos são o facto de "atrair mais votos das minorias étnicas dos Estados Unidos" e o seu discurso inicial, que Paulo Portas descreve como "simples, mas muito duro".

"É o discurso da antiga procuradora-geral que mandou violadores para a cadeia, que mandou pessoas que fazem fraudes que prejudicam terceiros para a cadeia, que mandou assassinos para a cadeia com prisão perpétua ou mesmo pena de morte, contra um candidato que pode ser estimado por uma parte dos americanos, mas não é considerado propriamente uma pessoa cumpridora da lei", diz. 

O comentador destaca ainda a capacidade de Kamala Harris unificar o partido "em estado de grande dificuldade". 

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