Em casa do galo (quase) ninguém pia
Mais um jogo em casa, mais uma vitória. O Gil Vicente chegou aos nove pontos e apanhou o Casa Pia na classificação depois de mais um triunfo caseiro – esta época apenas perdeu com o Benfica. Triunfo justo e categórico da única equipa que quis verdadeiramente ganhar o jogo. Os gilistas mantêm-se cem por centro vitoriosos sobre os gansos em jogos da Liga.
Ainda assim, foi preciso escrever direito por linhas tortas. Os casapianos, melhor defesa do campeonato à entrada para este encontro, mantiveram a baliza a zero enquanto jogou com 11 jogadores. Após a expulsão de Pablo Roberto, os gilistas marcaram e deitaram por terra as esperanças dos gansos. Zé Carlos e Depú foram os marcadores de serviço.
Poucas alterações
Tal como esperado, Vítor Campelos manteve o onze utilizado no Dragão. O treinador dos galos não é adepto da rotatividade, por isso não gosta de fazer grandes alterações na equipa. Filipe Martins também pouco mexeu, protagonizando apenas uma alteração em relação à equipa que defrontou o Vitória de Guimarães: saiu o japonês Soma e entrou Samuel Justo.
A primeira parte foi quase toda do Gil Vicente e o Casa Pia pouco incomodou a baliza à guarda de Andrew – não teve qualquer remate enquadrado. Durante a primeira meia hora, praticamente só se jogou no meio-campo ofensivo dos galos. Depú teve na cabeça a primeira grande oportunidade, mas o remate saiu a rasar o poste.
Pedro Tiba, Martim Neto e Murilo, numa jogada em que estava completamente solto na área, porém demorou muito a rematar e foi desarmado, tentaram dar, sem sucesso, vantagem à formação barcelense. Os casapianos, que tiveram uma contrariedade com a lesão de Fernando Andrade, tinham a estratégia bem definida. Colocar gelo no jogo, tentar adormecer os gilistas e numa rápida transição ofensiva chegar ao golo. Ainda assim, o melhor que conseguiram fazer foi um livre que desviou na barreira e saiu por cima.
Expulsão e golo
Filipe Martins deixou o amarelado Larrazabal no balneário e lançou para a segunda parte André Geraldes. Os gansos entraram mais afoitos e criaram perigo no reatamento. Foi Clayton que assumiu as despesas da equipa e, por duas vezes, rematou rente ao poste. Os galos não se deixaram abalar com a boa reentrada forasteira e foram voltaram a pegar no jogo.
E tudo se complicou para o Casa Pia aos 58 minutos. Pablo Roberto pisou Gabriel Pereira e Hélder Carvalho, depois de consultar o vídeo-árbitro, mostrou-lhe o cartão vermelho. A jogar com mais um, o Gil Vicente demorou apenas três para chegar ao golo. Félix Correia fletiu da esquerda para o meio e entregou para a entrada da área onde apareceu Zé Carlos a rematar para o fundo das redes.
Corria bem a vida aos gilistas. O técnico dos casapianos tentou refrescar a equipa e ainda teve duas aproximações à área barcelense, mas não passou disso. Vítor Campelos respondeu na mesma moeda e a dupla Fujimoto/Depú viria a fazer estragos. Na primeira vez, o japonês serviu para a cabeça do angolano, que fez golo, contudo estava em fora de jogo. À segunda, novo passe milimétrico de Fujimoto e Depú a desviar de Ricardo Batista e a fazer o segundo.
Os galos tinham praticamente na mão os três pontos. Até ao final, registo para o primeiro e único remate enquadrado com a baliza de Andrew: foi aos 82 minutos.