Gil Vicente-Arouca, 1-1 (crónica)

Nuno Dantas , Estádio Cidade de Barcelos
5 fev 2023, 22:29
Gil Vicente-Arouca (Lusa)

Empate não agrada a nenhuma das equipas

Nem Gil Vicente, nem Arouca. Ninguém se ficou a rir no terceiro embate da temporada entre as duas formações. A igualdade a uma bola não deixou gilistas e arouquenses satisfeitos. Os galos não conseguiram fugir da zona de aflição da tabela classificativa; a formação canarinha falhou a aproximação ao 5.º lugar.

A turma de Barcelos esteve quase sempre melhor e teve as melhores oportunidades, mas esbarrou numa parede chamada Arruabarrena. Já o Arouca mostrou ser uma equipa mais objetiva e que prefere não perder do que ganhar. Dabbagh abriu o marcador à meia hora de jogo e Vítor Carvalho empatou sete minutos depois.

Os golos

Daniel Sousa apostou no mesmo onze que alinhou de início frente ao Paços Ferreira, apesar da derrota. Gilistas e arouquenses já se defrontaram por duas vezes na temporada – uma sob o comando técnico de Ivo Vieira e outra com Carlos Cunha ao leme –, tendo o Arouca levado sempre a melhor: 1-0 na primeira volta; 1-4 em jogo da Taça de Portugal. Por isso, o treinador do Gil Vicente sabia que pela frente iria ter muitas dificuldades.

Já Armando Evangelista fez três alterações em relação ao jogo com o Benfica, em que perdeu por 3-0. Saíram do onze Opuko, Soro e Michel e entram Galovic, Uri e Oday Dabbagh. Um triunfo neste encontra colocava a turma de Arouca a um ponto do 5.º lugar, partilhado por Casa Pia e Vitória de Guimarães.

Mas foram os galos que entraram mais fortes. Fran Navarro deixou o primeiro aviso com um desvio ao primeiro poste, valendo a boa defesa de Arruabarrena. Os gilistas tinham mais bola, procuravam chegar ao ataque de pé para pé e com muitas variações de flanco. Já o Arouca apostava num jogo mais vertical e aproveitando sempre o erro adversário.

Antony foi o primeiro a chegar com perigo à baliza gilista, porém foi Dabbagh, regressado à equipa, a marcar. Numa rápida transição ofensiva, o esférico chega a Sylla que espera a desmarcação do avançado palestino, que só teve de desviar de Kritciuk. Tudo fácil para os arouquenses.

Ainda assim, a resposta dos galos foi imediata e o empate chegaria pouco depois. Antes, brilhava Arruabarrena na baliza forasteira, com um fantástico voo a parar o remate de Alipour. Do canto, nasceu o golo gilista. Depois de um desvio ao primeiro poste, apareceu Vítor Carvalho no segundo a cabecear para golo.

Mais Gil Vicente

O início da segunda parte foi a papel químico da primeira. Mais Gil Vicente e um Arouca na expetativa. Arruabarrena era, até então, o melhor em campo, impedindo que os galos passassem para a frente do marcador. Murilo tentou de fora da área, em arco, mas o que conseguiu foi ver mais uma excelente defesa do guardião uruguaio. Logo de seguida, foi a vez de Fran Navarro tentar a sorte de cabeça e, mais uma vez, o guarda-redes arouquense a brilhar.

Com o passar do tempo, os técnicos começaram a refrescar as equipas. Mas continuou a ser o Gil Vicente a estar sempre mais perto do golo. Porém, perdeu algum discernimento com as substituições e, no assalto final à baliza arouquense, houve muito coração, mas pouca cabeça. A igualdade premeia a boa organização do Arouca e castiga a falta de eficácia dos barcelenses.

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